A Copa Libertadores da América de 2024 é a 65.ª edição da competição, a qual teve 47 participantes das dez associações sul-americanas. No total, os argentinos levantaram 25 taças. O Brasil está na segunda posição, com 24 conquistas. Equipes do Uruguai, Colômbia, Paraguai, Chile e Equador também já tiveram o gostinho da “Glória Eterna”. Bolívia, Peru e Venezuela seguem sem títulos do torneio.
O Santos de Pelé conquistou duas Libertadores seguidas (1962 e 1963). Como a copa continental não dava grandes premiações e a violência dos adversários, principalmente das equipes argentinas e uruguaias, os clubes brasileiros não davam a devida importância ao torneio sul-americano.
A conquista do Cruzeiro em 1976 não teve grande destaque. A do Flamengo, em 1981, teve um pouco mais, mas nada tão significante.
A partir das duas conquistas do São Paulo (1992 e 1993) e a reestruturação da competição, os clubes brasileiros passaram a se interessar pela Libertadores.De 1990 pra cá, foram 34 edições, vencidas 18 vezes por clubes brasileiros.
Desde de 2019, esta será a quarta final envolvendo dois clubes brasileiros, sendo que os últimos seis títulos ficaram no Brasil. O Flamengo ficou com o título em 2019 e 2022; o Palmeiras levantou a taça em 2020 e 2021; e o Fluminense é o atual campeão da competição.
A decisão entre Atlético-MG e Botafogo será a sexta entre clubes brasileiros da história do torneio.
Em 64 anos de história, a Libertadores nunca passou por tanto tempo no domínio de um país como está acontecendo agora.
A disparidade financeira entre clubes brasileiros e os vizinhos sul-americanos explica o sucesso recente dos clubes brasileiros na competição. Em 2020, a média salarial dos times brasileiros era apenas 0,6% superior à dos argentinos. No entanto, essa diferença saltou para 52,7% em 2024, refletindo um aumento significativo nos investimentos dos clubes brasileiros, enquanto os argentinos mantiveram seus patamares de gastos. O Flamengo paga cinco vezes mais em salários que três clubes argentinos.
Diante das últimas conquistas dos nossos clubes, não será surpresa se a CONMEBOL fizer mudanças no regulamento da Copa Libertadores, a fim de impedir finais entre dois clubes de um mesmo país sejam finalistas.
Ter um país constante no topo pode ser uma ameaça para as principais fontes de receita da entidade, haja vista que os patrocinadores dos demais países podem retirar suas marcas, pois não valeria a pena investir numa competição em que as equipes locais não conseguem ser protagonistas, e isso também afeta a audiência das TVs dos outros países.
Botafogo e Atlético-MG escrevem mais um capítulo no domínio do futebol brasileiro sobre os demais países da América do Sul. Antes da bola rolar, é possível apontar o Botafogo como favorito ao título, mas isso deve ser comprovado após o apito inicial do árbitro.