No Walfredo Gurgel, falta de medicamento a alimentação



Anderson Régis Anderson Régis




O Hospital Geral Walfredo Gurgel, localizado na capital, é o principal centro de saúde da rede pública do Rio Grande do Norte.

Na última terça-feira, 16, a alimentação que é oferecida aos pacientes, acompanhantes e aos funcionários do hospital, foi parcialmente suspensa. “Somente os pacientes estão recebendo a comida”, contou à redação do Potengi uma enfermeira que não quis se identificar, por medo de represálias. Ela acredita que a falta de abastecimento dos gêneros alimentícios se deve ao repasse atrasado pelo Governo do Estado aos distribuidores.

Ela faz um relato da situação vivida dentro do Walfredo Gurgel: “Como está tendo a greve da saúde pública, a equipe que está de plantão acaba se prejudicando… Para os acompanhantes é bem pior.”

“A questão dos acompanhantes é que a maioria dos que ficam com os pacientes internados é do interior, então, esses acabam passando fome durante o dia”, ela explica.

Outro trabalhador do hospital confirmou a situação degradante. É um servidor que foi deslocado para a função de maqueiro e também prefere não se identificar. “Antes desse de pararem com as refeições, já faltava. O pessoal faz vaquinha para comprar o almoço e divide com os acompanhantes. Dá pena ver as pessoas com fome. Os técnicos e enfermeiros acabam pagando do próprio bolso”, diz.

E os problemas não param na suspensão das refeições. “Falta todo tipo de insumo. Tem vezes que o próprio enfermeiro ou o paciente compra material porque não tem. Até medicação falta. E os corredores seguem lotados. Quando muitos pacientes têm alta, até alivia um pouco. Mas sempre tem paciente nos corredores. E nem podemos denunciar, porque instalaram câmeras e fica difícil pra gente poder registrar o que acontece”, ele conta.

Aos acompanhantes dos pacientes e servidores do Walfredo que puderam pagar um lanche, restou desembolsar o suado dinheiro para cumprir as funções do Estado em seu lugar. Aos outros, restou a fome. A todos, a indignação pela situação de humilhação. “Já vi muitas vezes pessoas do hospital dar dinheiro para acompanhante comprar comida”, comenta nossa entrevistada.


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Anderson Régis Anderson Régis

O Hospital Geral Walfredo Gurgel, localizado na capital, é o principal centro de saúde da rede pública do Rio Grande do Norte.

Na última terça-feira, 16, a alimentação que é oferecida aos pacientes, acompanhantes e aos funcionários do hospital, foi parcialmente suspensa. “Somente os pacientes estão recebendo a comida”, contou à redação do Potengi uma enfermeira que não quis se identificar, por medo de represálias. Ela acredita que a falta de abastecimento dos gêneros alimentícios se deve ao repasse atrasado pelo Governo do Estado aos distribuidores.

Ela faz um relato da situação vivida dentro do Walfredo Gurgel: “Como está tendo a greve da saúde pública, a equipe que está de plantão acaba se prejudicando… Para os acompanhantes é bem pior.”

“A questão dos acompanhantes é que a maioria dos que ficam com os pacientes internados é do interior, então, esses acabam passando fome durante o dia”, ela explica.

Outro trabalhador do hospital confirmou a situação degradante. É um servidor que foi deslocado para a função de maqueiro e também prefere não se identificar. “Antes desse de pararem com as refeições, já faltava. O pessoal faz vaquinha para comprar o almoço e divide com os acompanhantes. Dá pena ver as pessoas com fome. Os técnicos e enfermeiros acabam pagando do próprio bolso”, diz.

E os problemas não param na suspensão das refeições. “Falta todo tipo de insumo. Tem vezes que o próprio enfermeiro ou o paciente compra material porque não tem. Até medicação falta. E os corredores seguem lotados. Quando muitos pacientes têm alta, até alivia um pouco. Mas sempre tem paciente nos corredores. E nem podemos denunciar, porque instalaram câmeras e fica difícil pra gente poder registrar o que acontece”, ele conta.

Aos acompanhantes dos pacientes e servidores do Walfredo que puderam pagar um lanche, restou desembolsar o suado dinheiro para cumprir as funções do Estado em seu lugar. Aos outros, restou a fome. A todos, a indignação pela situação de humilhação. “Já vi muitas vezes pessoas do hospital dar dinheiro para acompanhante comprar comida”, comenta nossa entrevistada.




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