O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas que seu país continuará os ataques à Faixa de Gaza até “terminar o trabalho” no território palestino. A fala ocorreu perante um plenário parcialmente vazio, após a retirada de diversas delegações internacionais em protesto, incluindo a comitiva brasileira. Os diplomatas do Brasil deixaram o local usando o lenço palestino conhecido como keffiyeh como gesto de repúdio.
Em intervenção que ultrapassou quarenta minutos, Netanyahu reafirmou sua oposição à criação de um Estado Palestino, comparando a medida a “dar um Estado à Al-Qaeda ao lado de Nova York após o 11 de setembro”. O líder israelense também criticou a recente onda de reconhecimentos do Estado Palestino por países ocidentais, classificando a decisão como vergonhosa e afirmando que incentivaria o terrorismo. Durante o discurso, ele anunciou que megafones instalados na fronteira com Gaza estavam transmitindo a sessão da ONU para a população local.
Netanyahu defendeu as ações militares de Israel, negando que as tropas estejam alvejando civis ou causando fome na Faixa de Gaza, atribuindo a situação ao Hamas. O primeiro-ministro também fez referência a operações contra o Hezbollah no Líbano e ao programa nuclear iraniano, afirmando que permanece vigilante contra essas ameaças. Apenas as delegações dos Estados Unidos, Reino Unido, França e alguns outros países europeus permaneceram no plenário durante a exposição, com aplausos registrados principalmente da plateia reservada a convidados dos países membros.
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