Na última transmissão do Barbacast, um dos podcasts mais polêmicos do Brasil, o influenciador Monark (Bruno Aiub) voltou a gerar controvérsia ao defender a criação de um partido nazista, levantando um intenso debate sobre os limites da liberdade de expressão.
Durante o episódio transmitido ao vivo no YouTube, Monark reafirmou sua posição de que o Estado não deve ter o direito de censurar qualquer tipo de opinião, mesmo quando se trata de ideias extremistas. “Na minha visão, o Estado não deve ter o direito de impedir a voz do povo de se expressar, não importa o quão idiota seja esse povo”, declarou o influenciador. A declaração causou indignação no outro participante do debate, o professor e comentarista de Geopolítica Vinícius Betiol, que contestou as afirmações de Monark de maneira veemente.
A discussão se intensificou quando o assunto se estendeu para a permissão de discursos de grupos considerados terroristas ou extremistas nas redes sociais. Monark argumentou que, sob a ótica da liberdade de expressão, até mesmo grupos terroristas teriam o direito de se manifestar publicamente, pois, segundo ele, é importante saber o que estão planejando. “Eu acho importante que a gente saiba o que eles estão falando, o que estão planejando”, afirmou Monark.
Vinícius Betiol, por outro lado, refutou essa visão, explicando que certos discursos devem ser restritos para evitar a incitação à violência e a promoção de ideologias prejudiciais à sociedade. “Não existem ideias que a gente não pode defender que sejam liberadas”, declarou Betiol, acrescentando que a liberdade de expressão não pode ser usada como justificativa para disseminar discursos de ódio ou violência.
Vale lembrar que, no Brasil, a incitação ao nazismo é crime, de acordo com a Lei 7.716/1989, que tipifica o crime de discriminação e preconceito racial. Essa legislação visa proteger a sociedade contra a disseminação de ideologias que promovem o ódio e a violência.