Os médicos da rede pública de Natal realizaram uma paralisação das atividades nesta terça-feira (22), atendendo à convocação do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN). A mobilização incluiu um ato público em formato de palanque aberto, permitindo que profissionais da saúde e cidadãos expressassem suas preocupações com a atual situação da rede municipal de saúde.
A manifestação ocorreu como forma de protesto contra as condições de trabalho enfrentadas pelos profissionais e a falta de valorização da categoria. Além das pautas trabalhistas, o movimento teve como foco principal a crítica ao processo de terceirização das quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital potiguar, conduzido pela Prefeitura do Natal.
Durante o ato, o presidente do Sinmed RN, médico Geraldo Ferreira, criticou a política de terceirização nas unidades de saúde. “O intuito das ‘privatizações’ é jogar dinheiro nas mãos dos empresários e economizar nos gastos com a população. É lamentável, mas é isso que está na cabeça de quem privatiza”, afirmou. Ferreira ainda reforçou que a prática tem se espalhado por diversas cidades do Rio Grande do Norte, onde empresas são abertas com o objetivo de explorar a mão de obra médica e dos demais trabalhadores da saúde.
O sindicato argumenta que a terceirização já trouxe prejuízos ao serviço público e destaca episódios de escândalos envolvendo a má gestão das organizações que assumiram a administração das unidades. Os profissionais exigem que a Prefeitura de Natal estabeleça um canal de diálogo com os representantes da categoria e reveja as decisões que afetam diretamente a qualidade do atendimento à população.
*Com informações do Agora RN
Deixe um comentário