Natal recebe nesta terça-feira (5) um ato público em defesa da soberania nacional e dos serviços públicos. A concentração está marcada para as 8h30 em frente à Prefeitura, com participação de sindicatos, centrais sindicais e movimentos populares.
A mobilização surge como resposta à proposta de Reforma Administrativa em tramitação no Congresso Nacional e ao novo Arcabouço Fiscal. Os organizadores criticam medidas que, segundo eles, promovem o desmonte do serviço público, como a ampliação de contratações temporárias sem concurso, a implementação de avaliações de desempenho com critérios privatistas e a flexibilização da estabilidade funcional.
Entre as entidades participantes estão centrais sindicais como CSP-Conlutas, CTB, CUT e Intersindical, além de sindicatos como SINTEST-RN, SindBancários-RN e SINTE-RN. Organizações políticas, incluindo PT, PSOL, PSTU e PCBR, também marcam presença.
Críticas à Reforma e ao cenário político
Santino Arruda, dirigente da Intersindical, alerta: “Ou o povo se organiza na resistência, ou seremos sufocados pela burguesia”. Ele defende a taxação de grandes fortunas e a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil.
Alexandre Guedes, da CSP-Conlutas, reforça que a Reforma Administrativa e o Arcabouço Fiscal transferem recursos públicos para a iniciativa privada, precarizando serviços essenciais. Sobre os recentes ataques do ex-presidente dos EUA Donald Trump, Guedes critica a ingerência externa: “A soberania não se negocia. É preciso prender e confiscar bens de golpistas”.
O ato também questiona a postura do governo Lula, cobrando ações concretas além do discurso diplomático. Até o fechamento desta matéria, CUT e CTB não se pronunciaram sobre o evento.
A mobilização ocorre em um contexto de pressão por direitos trabalhistas e resistência a medidas consideradas austeras, refletindo o debate nacional sobre o futuro do funcionalismo público e a autonomia política do país.
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