Mãe denuncia caos na UPA de Parnamirim, com raio-X quebrado e crianças amontoadas aguardando leitos



UPA está em situações precárias  Foto: Reprodução UPA está em situações precárias Foto: Reprodução




A luta de uma mãe por atendimento médico adequado para sua filha na UPA de Nova Esperança, em Parnamirim, revela o colapso no sistema de saúde local. Ela contou que, há 15 dias, tenta conseguir um leito para internar a criança, que foi diagnosticada com pneumonia e bronquite asmática, sem sucesso.

Com a falta de leitos para internar a criança, a mãe vai à UPA todos os dias para dar medicação à filha. Além disso, teve de pagar para fazer um raio-X na rede particular porque o equipamento da UPA não estava funcionando.

Em uma dessas idas à unidade, ela fez um relato emocionante para o candidato a vereador Lagartixa Júnior (Solidariedade). “São dois leitos. Dois leitos! Uma vergonha. Uma UPA tem só dois leitos, e na sala onde deveriam caber apenas duas crianças, estão quase cinco. Ainda tem um bebezinho que não deveria estar ali, misturado”, relatou a mãe, indignada.

A situação na UPA Nova Esperança é caótica. Sem leitos suficientes, as crianças aguardam atendimento em condições precárias, amontoadas em uma sala inadequada. “Não tem vaga para internamento. Eles estão encaixando uma criança em cima da outra. Tem outra mãe aqui, está quase o mesmo tempo que eu. Lutando para internar o filho. O filho dela está no oxigênio já, e esperando vaga”, desabafou.

Segundo a mãe, a falta de pediatras agrava ainda mais o problema. “A maioria dos médicos é clínico geral. Tem pediatra, mas no meio de 3, é no máximo 1. Praticamente um sorteio. Hoje encontrei um médico que viu o estado da minha filha, expliquei minha situação”, relata a mãe, após vários dias com a filha na mesma situação.

Ela denuncia também a desorganização do atendimento. “Crianças e adultos misturados. Era para ter uma parte aqui (dedicada à pediatria). Se a criança chegar morrendo, tem que esperar atender o adulto para depois atender a criança. E não é só eu. Várias mães que eu conheci aqui. Várias mães já voltaram. Um filho com pneumonia também. Está indo e voltando”, enfatiza.

O desabafo expõe a realidade cruel enfrentada por muitas famílias que dependem do sistema público de saúde em Parnamirim, e levanta um alerta urgente sobre a necessidade de melhorias na rede de pronto-atendimento para crianças.


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Com a falta de leitos para internar a criança, a mãe vai à UPA todos os dias para dar medicação à filha. Além disso, teve de pagar para fazer um raio-X na rede particular porque o equipamento da UPA não estava funcionando.

Em uma dessas idas à unidade, ela fez um relato emocionante para o candidato a vereador Lagartixa Júnior (Solidariedade). “São dois leitos. Dois leitos! Uma vergonha. Uma UPA tem só dois leitos, e na sala onde deveriam caber apenas duas crianças, estão quase cinco. Ainda tem um bebezinho que não deveria estar ali, misturado”, relatou a mãe, indignada.

A situação na UPA Nova Esperança é caótica. Sem leitos suficientes, as crianças aguardam atendimento em condições precárias, amontoadas em uma sala inadequada. “Não tem vaga para internamento. Eles estão encaixando uma criança em cima da outra. Tem outra mãe aqui, está quase o mesmo tempo que eu. Lutando para internar o filho. O filho dela está no oxigênio já, e esperando vaga”, desabafou.

Segundo a mãe, a falta de pediatras agrava ainda mais o problema. “A maioria dos médicos é clínico geral. Tem pediatra, mas no meio de 3, é no máximo 1. Praticamente um sorteio. Hoje encontrei um médico que viu o estado da minha filha, expliquei minha situação”, relata a mãe, após vários dias com a filha na mesma situação.

Ela denuncia também a desorganização do atendimento. “Crianças e adultos misturados. Era para ter uma parte aqui (dedicada à pediatria). Se a criança chegar morrendo, tem que esperar atender o adulto para depois atender a criança. E não é só eu. Várias mães que eu conheci aqui. Várias mães já voltaram. Um filho com pneumonia também. Está indo e voltando”, enfatiza.

O desabafo expõe a realidade cruel enfrentada por muitas famílias que dependem do sistema público de saúde em Parnamirim, e levanta um alerta urgente sobre a necessidade de melhorias na rede de pronto-atendimento para crianças.




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