A judoca potiguar Lidrielly França, conhecida por buscar apoio na imprensa para representar o Rio Grande do Norte em competições nacionais, enfrenta atualmente o maior desafio de seus 26 anos de vida. Diagnosticada com dacrioadenite, uma doença que provoca obstrução dos canais lacrimais, a atleta luta para arrecadar R$ 24 mil necessários para realizar uma cirurgia urgente nos olhos e restaurar sua qualidade de vida.
Após um mês de mobilizações intensas com amigos e familiares, Lidrielly conseguiu arrecadar apenas R$ 2 mil. Em uma tentativa de aumentar esse valor, ela está organizando uma rifa e um Bingo Solidário. O Bingo será realizado neste sábado, 7 de setembro, na Rua Maria José Lira, número 863, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, Zona Norte de Natal. A cartela custa R$ 20 e o local fica por trás do Colégio Hipócrates. Já os bilhetes para a rifa estão sendo vendidos a R$ 10 cada.
“Considero este o maior desafio da minha vida, sim. Justamente por ele não depender só de mim. Estou necessitando muito da ajuda de outras pessoas, porque, sozinha, eu não teria condições de resolver o meu problema. Mas estou com fé, vejo luz no fim do túnel, pois Deus sabe de tudo, e eu sinto e agradeço a Ele todos os dias por ter as pessoas certas ao meu lado”, declarou Lidrielly.
A atleta está utilizando suas redes sociais, especialmente o Instagram, para divulgar sua situação e mobilizar apoio. Além das ações de arrecadação, Lidrielly também está vendendo doces gourmet nas ruas e no comércio local.
A cirurgia necessária para tratar a obstrução dos canais lacrimais custa R$ 12 mil por olho. No entanto, o médico que acompanha Lidrielly recomenda realizar a correção dos dois canais de uma só vez para evitar o desconforto de dois procedimentos separados e a necessidade de anestesia geral em duas ocasiões distintas.
Embora o procedimento possa ser feito pelo SUS, o processo burocrático para a autorização pode levar meses. Lidrielly está reunindo a documentação necessária para dar entrada no pedido junto à Defensoria Pública, pois esse tipo de cirurgia não está coberta pelo Sistema Único de Saúde.
“Fui diagnosticada com o problema nos canais lacrimais no mês passado. Até então, era comum eu aparecer com inflamação nos olhos, e o caso sempre era tratado como conjuntivite. De um tempo para cá, venho amanhecendo os dias com os olhos literalmente colados. Foi então que busquei um especialista e descobri a doença. O próprio médico mencionou a questão do SUS e sugeriu que eu buscasse a Defensoria Pública. Já estou organizando tudo para dar entrada no processo”, contou a judoca.
A cirurgia necessária é a dacriocistorrinostomia, que consiste em criar uma nova comunicação entre o saco lacrimal e a cavidade nasal para restabelecer a drenagem das lágrimas. Sem a cirurgia, a condição pode levar a infecções dolorosas e, em casos graves, requer internação.
Para ajudar entre em contato via Instagram @lidriellyfr_profedf