O encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, realizado neste domingo (28), marcou mais um passo nas articulações internacionais para encerrar a guerra no Leste Europeu. A reunião, que começou com cerca de 30 minutos de atraso, teve como foco principal as garantias de segurança à Ucrânia e o papel dos Estados Unidos e da União Europeia no pós-conflito.
Ao receber Zelensky na Flórida, Trump afirmou que as negociações avançaram e classificou as garantias de segurança como “fortes”, destacando o envolvimento direto de países europeus. Segundo o presidente norte-americano, o processo está em sua etapa final, embora ainda não exista uma data definida para a conclusão de um acordo.
Antes de falar com o líder ucraniano, Trump manteve uma conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, descrita como positiva por ambos os lados. De acordo com informações da agência Reuters, Washington e Moscou rejeitam a ideia de um cessar-fogo temporário antes da assinatura de um acordo definitivo, por avaliarem que a medida poderia prolongar o conflito.
O Kremlin reforçou essa posição por meio do assessor Yuri Ushakov, que afirmou que propostas de trégua defendidas por europeus e ucranianos carregam riscos de novas escaladas militares. Já o chanceler russo, Serguéi Lavrov, disse que a Rússia não planeja atacar países da Europa e elogiou a atuação de Trump, atribuindo à União Europeia parte da responsabilidade pelo impasse nas negociações.
As conversas entre EUA e Ucrânia se baseiam em um plano com 20 pontos apresentado por Washington. O texto prevê, entre outros pontos, a reorganização territorial no Donbass, um controle compartilhado da usina nuclear de Zaporizhzhia e compromissos de não proliferação nuclear. Em troca, a Ucrânia receberia garantias de segurança, apoio à reconstrução, incentivos econômicos e caminho aberto para integrar a União Europeia, com o acordo sendo supervisionado por um conselho internacional.






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