Justiça afasta presidente da CBF e filho de ex-presidente Sarney é nomeado interventor

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Nesta quinta-feira (15), o desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), decidiu afastar Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O magistrado designou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade e filho de José Sarney, como interventor e ordenou a convocação de novas eleições em caráter urgente. A informação foi divulgada pelo portal ge.

Em sua decisão, o desembargador declarou: “ANULO O ACORDO CELEBRADO ENTRE AS PARTES, ANTERIORMENTE HOMOLOGADO PELO TRIBUNAL, devido à incapacidade mental e à possível falsificação da assinatura de um dos signatários, ANTÔNIO CARLOS NUNES DE LIMA, conhecido como CORONEL NUNES.”

O caso retornou ao TJ-RJ após uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em 7 de dezembro. Na ocasião, Mendes recusou-se a afastar Ednaldo imediatamente, mas encaminhou o processo ao tribunal fluminense para uma “apuração imediata e prioritária dos fatos relatados.”

Contexto da decisão
Na semana passada, dois recursos foram apresentados ao STF solicitando a saída de Ednaldo Rodrigues. A deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, alegaram que a assinatura do ex-presidente da entidade, Coronel Nunes, teria sido falsificada em um acordo firmado no início do ano. Um laudo pericial reforçou a suspeita, indicando que a assinatura não era autêntica.

Esse acordo, assinado por cinco dirigentes, encerrou uma ação que contestava o processo eleitoral da CBF e, consequentemente, permitiu a reeleição de Ednaldo há pouco mais de um mês. Caso a falsificação seja confirmada, o documento perderia sua validade, conforme argumentam os autores da ação.

O desembargador Zéfiro marcou uma audiência para ouvir o Coronel Nunes na última segunda-feira (12). No entanto, o advogado do ex-presidente informou que ele não compareceria por motivos de saúde. Com o cancelamento da sessão, o magistrado emitiu a decisão de afastamento quatro dias depois.

Histórico de instabilidade
Esta não é a primeira vez que Ednaldo Rodrigues é removido da presidência da CBF pelo TJ-RJ. Em dezembro de 2023, situação semelhante ocorreu, mas ele retornou ao cargo após uma intervenção do ministro Gilmar Mendes.

Na última segunda-feira (12), em meio à crise judicial, Ednaldo anunciou a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti. A medida foi interpretada como uma tentativa de fortalecer sua imagem pública, já que o Real Madrid, clube atual do treinador, ainda não havia confirmado sua saída.

Na terça-feira (13), Ednaldo reuniu-se com presidentes de federações estaduais na sede da CBF, no Rio de Janeiro. O departamento jurídico da confederação apresentou estratégias para mantê-lo no cargo. Os dirigentes afirmaram confiar na legalidade da permanência de Ednaldo, mas admitiram que, em caso de derrota no TJ-RJ, a disputa poderia ser resolvida no STF.




Justiça afasta presidente da CBF e filho de ex-presidente Sarney é nomeado interventor



Nesta quinta-feira (15), o desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), decidiu afastar Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O magistrado designou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade e filho de José Sarney, como interventor e ordenou a convocação de novas eleições em caráter urgente. A informação foi divulgada pelo portal ge.

Em sua decisão, o desembargador declarou: “ANULO O ACORDO CELEBRADO ENTRE AS PARTES, ANTERIORMENTE HOMOLOGADO PELO TRIBUNAL, devido à incapacidade mental e à possível falsificação da assinatura de um dos signatários, ANTÔNIO CARLOS NUNES DE LIMA, conhecido como CORONEL NUNES.”

O caso retornou ao TJ-RJ após uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em 7 de dezembro. Na ocasião, Mendes recusou-se a afastar Ednaldo imediatamente, mas encaminhou o processo ao tribunal fluminense para uma “apuração imediata e prioritária dos fatos relatados.”

Contexto da decisão
Na semana passada, dois recursos foram apresentados ao STF solicitando a saída de Ednaldo Rodrigues. A deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, alegaram que a assinatura do ex-presidente da entidade, Coronel Nunes, teria sido falsificada em um acordo firmado no início do ano. Um laudo pericial reforçou a suspeita, indicando que a assinatura não era autêntica.

Esse acordo, assinado por cinco dirigentes, encerrou uma ação que contestava o processo eleitoral da CBF e, consequentemente, permitiu a reeleição de Ednaldo há pouco mais de um mês. Caso a falsificação seja confirmada, o documento perderia sua validade, conforme argumentam os autores da ação.

O desembargador Zéfiro marcou uma audiência para ouvir o Coronel Nunes na última segunda-feira (12). No entanto, o advogado do ex-presidente informou que ele não compareceria por motivos de saúde. Com o cancelamento da sessão, o magistrado emitiu a decisão de afastamento quatro dias depois.

Histórico de instabilidade
Esta não é a primeira vez que Ednaldo Rodrigues é removido da presidência da CBF pelo TJ-RJ. Em dezembro de 2023, situação semelhante ocorreu, mas ele retornou ao cargo após uma intervenção do ministro Gilmar Mendes.

Na última segunda-feira (12), em meio à crise judicial, Ednaldo anunciou a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti. A medida foi interpretada como uma tentativa de fortalecer sua imagem pública, já que o Real Madrid, clube atual do treinador, ainda não havia confirmado sua saída.

Na terça-feira (13), Ednaldo reuniu-se com presidentes de federações estaduais na sede da CBF, no Rio de Janeiro. O departamento jurídico da confederação apresentou estratégias para mantê-lo no cargo. Os dirigentes afirmaram confiar na legalidade da permanência de Ednaldo, mas admitiram que, em caso de derrota no TJ-RJ, a disputa poderia ser resolvida no STF.

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