Investigação identifica rede de 60 motéis usada pelo PCC para lavagem de dinheiro




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Investigação identifica rede de 60 motéis usada pelo PCC para lavagem de dinheiro







A Receita Federal e o Ministério Público de São Paulo descobriram que o Primeiro Comando da Capital utilizava uma rede de aproximadamente sessenta motéis em nome de laranjas para lavar recursos do crime organizado. A investigação, realizada no âmbito da Operação Spare, apurou que esses estabelecimentos movimentaram mais de quatrocentos e cinquenta milhões de reais entre 2020 e 2024, distribuindo quarenta e cinco milhões em lucros e dividendos aos integrantes da facção.

De acordo com as autoridades fiscais, os motéis funcionavam como fachada para ocultar a origem ilícita dos recursos, apresentando movimentação financeira muito superior à receita declarada. Um dos estabelecimentos chegou a distribuir sessenta e quatro por cento de sua receita bruta em lucros, enquanto restaurantes vinculados aos motéis também integravam o esquema. O grupo ainda investia em imóveis de alto valor e bens de luxo, incluindo um iate de vinte e três metros, um helicóptero e uma Lamborghini Urus.

O empresário Flávio Silvério Siqueira, conhecido como Flavinho, foi identificado como o principal responsável pelo esquema que também atuava no setor de combustíveis. A Receita Federal detectou duzentos e sessenta e sete postos ainda ativos que movimentaram mais de quatro bilhões e meio de reais no período, com recolhimento tributário insignificante de 0,1% do total.

A operação cumpriu vinte e cinco mandados de busca e apreensão em seis municípios paulistas, com participação de servidores da Receita, membros do Ministério Público e policiais militares. As investigações revelaram conexões entre os alvos e outras operações contra o crime organizado, incluindo a Carbono Oculto e a Rei do Crime.


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