O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concederá nesta terça-feira (24) a primeira licença prévia para um projeto de energia eólica offshore no Brasil, marcando um passo histórico no avanço das energias renováveis no país. A autorização é para o Sítio de Testes de Aerogeradores Offshore, que será instalado no litoral de Areia Branca, no Rio Grande do Norte, com capacidade total de até 24,5 megawatts (MW).
O projeto é conduzido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio Grande do Norte (Senai/RN), através do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). A estrutura ficará localizada em alto-mar, a uma distância entre 15 e 20 quilômetros da costa potiguar, e contará com dois aerogeradores: um de 8,5 MW e outro de 16 MW.
Toda a energia gerada será destinada ao consumo interno do Porto-Ilha de Areia Branca, promovendo sua autossuficiência energética e contribuindo diretamente para a redução do uso de combustíveis fósseis.
Projeto-piloto vai impulsionar ciência, inovação e qualificação
O objetivo do Sítio de Testes é servir como um projeto-piloto para adaptação de tecnologias offshore às condições ambientais brasileiras. A iniciativa busca ainda estimular o desenvolvimento científico e tecnológico, promover inovação no setor elétrico, além de qualificar mão de obra local e impulsionar o desenvolvimento da região.
A licença prévia atesta a viabilidade ambiental do projeto em sua fase de planejamento e está condicionada ao cumprimento de requisitos estabelecidos pelo Ibama nas etapas seguintes do licenciamento. A análise ambiental foi conduzida por uma equipe técnica multidisciplinar, que recomendou o fortalecimento do Plano de Gestão Ambiental com 13 programas, incluindo monitoramento de fauna marinha, ruídos subaquáticos, comunicação social e capacitação profissional.
O Sítio de Testes é o primeiro empreendimento eólico offshore a obter licenciamento ambiental federal no Brasil. Segundo o Ibama, o projeto terá papel fundamental ao gerar dados e metodologias que poderão orientar e beneficiar novas iniciativas de energia eólica em alto-mar no país, abrindo caminhos para um futuro mais sustentável e tecnologicamente avançado no setor energético nacional.
*Com informações do Agora RN
Deixe um comentário