Após 59 dias de intensa paralisação, os professores e professoras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) decidiram encerrar a greve que mobilizou a comunidade acadêmica. A decisão foi tomada após consulta plebiscitária realizada pelo site do sindicato da categoria, ADURN-Sindicato, e finalizada nesta quinta-feira (20).
Dos 1.760 docentes participantes do plebiscito, 61,48% votaram pelo retorno das atividades, enquanto 36,59% optaram pela continuidade do movimento grevista. Uma pequena parcela, 1,93%, se absteve de votar.
A diretoria do ADURN-Sindicato havia recomendado na última terça-feira (18) o encerramento da greve. O presidente do sindicato, Oswaldo Negrão, destacou a importância do movimento, descrevendo-o como histórico e de caráter pedagógico. “Fizemos um movimento forte, com ampla participação da categoria, que mobilizou toda a nossa universidade”, afirmou Negrão.
O encerramento da greve foi respaldado pelo acordo assinado pelo PROIFES-Federação, garantindo reajustes salariais de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, além da reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). O documento também prevê o aumento dos auxílios alimentação, creche e saúde, e inclui um aporte de R$ 5,5 bilhões do Governo para investimentos nas universidades e hospitais universitários federais.
Nesta sexta-feira (21), a diretoria, o conselho de representantes e o comando de greve do ADURN-Sindicato têm reunião agendada com a reitoria da UFRN para discutir o ajuste do calendário acadêmico. A expectativa é que as aulas retornem já na segunda-feira (24).