Terminou sem acordo a reunião entre motoristas de ônibus e empresários do setor realizada nesta terça-feira (20) na sede da Superintendência Regional do Trabalho, em Natal. O encontro, mediado pelo superintendente Cláudio Gabriel, teve o objetivo de buscar um consenso sobre o reajuste salarial e benefícios para a categoria, mas acabou sendo encerrado com impasse.
Apesar do impasse, os motoristas, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do RN (Sintro), decidiram suspender a greve que estava prevista para começar na quinta-feira (21). Uma nova rodada de negociações ficou agendada para a próxima terça-feira (27), quando as partes voltam a se reunir na tentativa de chegar a um acordo.
A categoria reivindica um reajuste salarial de 8,53%, aumento no vale-refeição para R$ 600,00 (o que representa um reajuste de 36,36%) e correção de 15,5% na mensalidade do plano de saúde.
Do outro lado da mesa, os empresários, representados pelo Seturn, ofereceram um reajuste de 5,53%, parcelado em duas etapas: 3,53% a partir de 1º de maio e mais 2% em 1º de novembro. Também foi proposta uma correção de 7,5% tanto no vale-refeição quanto no plano de saúde.
Durante a reunião, chegou-se a discutir a possibilidade de um reajuste de 6%, mas os motoristas afirmaram que não aceitam nada abaixo de 7,5%, o que inviabilizou um acordo.
As empresas argumentam que o setor enfrenta dificuldades financeiras causadas pela retração econômica, pelos efeitos remanescentes da pandemia e pela crescente concorrência dos aplicativos de transporte por motocicletas. Segundo os empresários, qualquer proposta de reajuste mais robusto dependerá da realização da licitação do transporte público, que permitirá estabelecer regras mais claras para remuneração e equilíbrio financeiro do sistema.
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