Estudo aponta alta em todos os tipos de combustíveis, com destaque para o GNV, que subiu 6,30%; gasolina comum teve reajuste médio de 3,05%.
Uma pesquisa realizada pelo Procon Natal na segunda-feira (07) constatou aumento nos preços dos combustíveis na capital potiguar em comparação com junho. O levantamento, que analisou 87 postos de combustíveis nas quatro regiões administrativas da cidade, mostrou que todos os produtos tiveram reajustes, com o gás natural veicular (GNV) registrando a maior alta (6,30%).
A gasolina comum apresentou aumento médio de 3,05%, passando de R$ 5,92 para R$ 6,10 por litro. Já a versão aditivada subiu 2,61%, atingindo R$ 6,15. O diesel comum teve alta de 2,61% (de R$ 5,95 para R$ 6,05), enquanto o diesel S-10 ficou 1,74% mais caro, chegando a R$ 6,09. O etanol, por sua vez, registrou aumento de 1,50%, com o litro passando de R$ 4,91 para R$ 4,98.
Diferenças Regionais e Impacto nos Consumidores
O estudo revelou disparidades significativas entre as regiões da cidade. Enquanto as zonas Sul e Leste apresentaram os menores preços médios da gasolina comum (R$ 6,07), as zonas Oeste e Norte tiveram média de R$ 6,16. Curiosamente, a zona Sul, apesar de ter os valores mais baixos, foi a que registrou o maior aumento médio (R$ 0,24 por litro). Já a zona Norte teve uma leve redução de R$ 0,03 em relação ao mês anterior.
O etanol apresentou a maior variação de preço entre os postos, com diferença de até R$ 0,72 por litro. No diesel S-10, a discrepância chegou a R$ 1,00, enquanto no GNV foi de R$ 0,24.
Fatores que Influenciaram os Reajustes
De acordo com o Núcleo de Pesquisa do Procon, a entressafra da cana-de-açúcar e a carga tributária estão entre os principais motivos para os aumentos. No caso do etanol, a preferência dos produtores pela fabricação de açúcar — mais valorizado no mercado internacional — também impactou os preços.
O GNV, que teve o maior reajuste, sofre influência direta dos tributos. Desde 1º de maio, o preço de referência do gás veicular foi fixado em R$ 2,7928 por metro cúbico, valor que, somado ao ICMS (20%) e PIS/COFINS (9,25%), eleva o custo final para o consumidor.
Recomendações do Procon
O órgão orienta os consumidores a pesquisarem os preços antes de abastecer, devido às grandes variações entre os postos. Além disso, reforça o direito à informação clara sobre a qualidade e quantidade do combustível. Em caso de irregularidades, as denúncias podem ser feitas presencialmente na sede do Procon (Rua Ulisses Caldas, nº 181 – Cidade Alta) ou pelo e-mail procon.natal@natal.gov.br.
A planilha completa com os preços pesquisados está disponível no site oficial do Procon Natal.
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