Pela primeira vez na história dos levantamentos censitários, as famílias formadas por duas pessoas se tornaram maioria no Rio Grande do Norte, segundo dados da amostra do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que 35,87% dos lares potiguares têm dois moradores, superando os 34,09% com três pessoas e os 30,05% formados por quatro ou mais integrantes.
Em 2010, apenas 25,63% das famílias do estado possuíam dois membros, o que representa um crescimento de mais de 10 pontos percentuais em 12 anos. Atualmente, o Rio Grande do Norte soma 326.264 famílias com esse tipo de arranjo, considerado agora o mais comum entre os domicílios potiguares.
O estudo também revela a redução das famílias numerosas. Em 2010, os lares com quatro ou mais pessoas representavam 43,43% do total, proporção que caiu para 30,05% em 2022. Essa tendência é observada em todo o país: no Brasil, o percentual de famílias com dois membros passou de 28,19% em 2010 para 38,98% em 2022, enquanto as famílias com quatro pessoas ou mais recuaram de 41,08% para 29,46%.
Outro dado que chama atenção é o aumento das pessoas que vivem sozinhas. No Rio Grande do Norte, os domicílios unipessoais passaram de 9,38% em 2010 para 16,1% em 2022, totalizando cerca de 183,4 mil pessoas. Desse total, 54,14% são homens, e um terço dos moradores solitários têm 60 anos ou mais — aproximadamente 71,3 mil idosos.
Os números indicam não apenas uma mudança nos padrões familiares e de convivência, mas também refletem o envelhecimento populacional e as transformações culturais e econômicas que moldam as novas formas de viver em sociedade.





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