Falta de leito de UTI leva à morte de idosa em Mossoró e evidencia colapso da saúde no RN

Ícone de crédito Foto: Reprodução






Falta de leito de UTI leva à morte de idosa em Mossoró e evidencia colapso da saúde no RN





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A crise na saúde pública do Rio Grande do Norte fez mais uma vítima em Mossoró e voltou a expor a fragilidade da rede estadual de atendimento. A idosa Maria do Socorro Alves Felipe, de 69 anos, morreu após passar horas internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro São Manoel à espera de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), referência para a região Oeste do estado. Não havia vaga disponível para a transferência.

De acordo com familiares, Maria do Socorro deu entrada na UPA em estado grave. Exames clínicos indicaram falência renal severa, com apenas 5,5% de funcionamento dos rins, quadro que exigia internação imediata em UTI e início urgente de tratamento por hemodiálise. Além disso, a paciente apresentava cálculos renais e na vesícula, o que demandava intervenção cirúrgica.

Mesmo diante da gravidade do caso e da necessidade de cuidados intensivos, a idosa permaneceu na UPA, unidade que não dispõe da estrutura adequada para atendimentos de alta complexidade. A família relata que, durante o período de espera, o estado de saúde de Maria do Socorro se agravou progressivamente. Ela passou a apresentar episódios frequentes de falta de ar, aumentando o risco de complicações e reduzindo suas chances de recuperação.

Sem a liberação de um leito no hospital estadual, a transferência não foi realizada a tempo. Maria do Socorro não resistiu e morreu enquanto aguardava o encaminhamento para o HRTM, situação que gerou revolta e indignação entre os familiares.

O caso não é isolado. Outras mortes já foram registradas em UPAs de Natal e região, e na própria Mossoró, com pacientes aguardando vagas em UTIs do Hospital Regional Tarcísio Maia. Os episódios reforçam denúncias recorrentes sobre a insuficiência de leitos, a superlotação e a falta de investimentos na rede estadual de saúde, problemas que continuam a colocar vidas em risco no interior do Rio Grande do Norte.


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