Estou indo embora. A mala, e as caixas, já estão lá fora.



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Olá, queridos! Como vão?

Eu tenho passado por vários processos ultimamente. Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, cabeça bem cheia e caótica. (Quero é novidade!) Pois é, não é novidade alguma, todos nós estamos sempre passando por várias coisas ao mesmo tempo. A vida é essa dinamicidade imparável, ou em bom português, esse furdunço!

Mas quero falar com vocês hoje sobre alguns desses processos. Processos de mudança. Mais precisamente, mudança de endereço. Estou em meio a caixas, limpezas, organizações. Quase pronta para partir para meu novo lar. (Mas, ainda em Natal, graças a Deus!)

Esse processo, em si, não é novo para mim. Ao longo dos meus 40 anos, esse será meu endereço de número 23. Isso porque não conto os que repeti e, por algum motivo, voltei. Fui fazer as contas e me deparei com um total de 26 mudanças, contando com essa de agora. E tenho certeza que não vou parar por aí.

Alguém que já tenha se mudado tantas vezes, muitas delas sozinha, algumas delas sem poder ter ajuda, é de se esperar que esse alguém já esteja bastante acostumada com esse processo e que não encontre novidade alguma nisso, certo? Errado!

Toda mudança é única. Depende de onde estamos saindo, o que estamos levando e para onde estamos indo. Qual sentimento carregamos em cada processo desse. Já fiz mudanças muito feliz, muito triste, animada, decepcionada e frustrada. Já fiz mudança levando quase nada. já fiz mudança levando tudo de mim.

Quanto a essa mudança que estou fazendo agora, ela veio em um momento um tanto complicado, estou tendo que conviver com várias outras coisas difíceis que estão se passando dentro de mim e não tenho tido tempo para lidar com nada além da minha rotina normal e, claro, a mudança. Mas talvez por isso esteja refletindo tanto acerca do significado que ela tem para mim.

Apesar de toda mudança ser única, mudança é mudança. Seja de endereço, seja de comportamento, seja mudança física, psicológica, emocional, elas se assemelham. Em meio a todas essas caixas comecei a listar mentalmente essas semelhanças que essa etapa tem com nossas mudanças internas.

Quando começamos a nos conhecer melhor e perceber o que queremos/podemos mudar em nós mesmos, fazemos exatamente como em uma mudança de endereço. Passamos um pente fino em todas as coisas que organizamos, algumas coisas jogamos fora, outras coisas damos outro destino.

Percebemos que há coisas que perdem o sentido e nos livramos delas, abrindo assim espaço para que coisas novas possam caber naquele lugar. Ou então, coisas que nos incomodam e não podem ser simplesmente descartadas, ou que até mesmo pareciam perdidas, nós conseguimos ressignificá-las de tal forma que ganham um espaço totalmente novo nessa próxima etapa de nossas vidas.

Quando chegamos na nova morada, temos de arrumar tudo de novo lá. Encontrar lugares novos para encaixar tudo que trazemos conosco, novas formas de organizar, novas distribuições dos ambientes. Temos a sensação de habitar uma pele nova, a deliciosa sensação de ser alguém novo, sem deixar de ser nós mesmos.

Até porque o endereço novo para o qual a gente vai, a forma nova como a gente se organiza, isso é o que torna tudo novo, mesmo se estamos trazendo as mesmas coisas de sempre. Mas, claro, depois de passar por aquele filtro, por aquela criteriosa análise do que é bom manter e do que é preciso se desfazer.

Eu não preciso nem dizer como amo uma boa mudança, não é?! Também, depois de tantas! Gosto muito de me reinventar, de perceber que sou capaz de alcançar qualquer mudança a que me propor. Umas vão levar mais tempo e dar mais trabalho que outras, óbvio! Mas acredito que todas, as que realmente queremos, são possíveis.

Isso tudo me faz lembrar do cantor Gabriel, o Pensador. Ele tem um álbum em que na capa tem uma foto sua, criança, encostado em um muro onde se lê: “Seja você mesmo”. E no verso, ele adulto, encostado no mesmo muro, com a frase: “Mas não seja sempre o mesmo”. Mudança é para isso, para carregarmos conosco nossa essência e lapidar nossos defeitos e falhas para nos tornarmos sempre melhores.

Acredito, com todas as minhas forças, que todos nós podemos melhorar sempre. Tendo paciência com nosso processo, claro, mas sempre em constante evolução. Qualquer um pode! Basta querer e achar sua forma de fazer isso, dentro de suas condições e possibilidades.

Ainda sobre esse álbum dele que mencionei, tem uma faixa chamada “Até quando” que tem o seguinte trecho “Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente / A gente muda o mundo na mudança da mente / E quando a mente muda a gente anda pra frente” e eu acho isso fantástico!

Quando a gente se dispõe a se conhecer de verdade a gente não só entender o que precisa ser mudado, como também aprende como mudar. E, mudando nosso mundo interno, nós mudamos nosso mundo externo. É tudo sobre cuidar de nós mesmos, sem cair na audácia de querer mudar o outro.

Pois, quando entendemos a importância de cuidar do nosso interior, começamos a entender que o exterior deixa de ter importância, deixa de nos incomodar, começamos a deixar a mudança do outro para o outro e passamos a nutrir mais ainda nosso infinito particular que já nos oferece tudo aquilo que precisamos para seguir sempre em frente.

Até a próxima!



Estou indo embora. A mala, e as caixas, já estão lá fora.






Olá, queridos! Como vão?

Eu tenho passado por vários processos ultimamente. Muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, cabeça bem cheia e caótica. (Quero é novidade!) Pois é, não é novidade alguma, todos nós estamos sempre passando por várias coisas ao mesmo tempo. A vida é essa dinamicidade imparável, ou em bom português, esse furdunço!

Mas quero falar com vocês hoje sobre alguns desses processos. Processos de mudança. Mais precisamente, mudança de endereço. Estou em meio a caixas, limpezas, organizações. Quase pronta para partir para meu novo lar. (Mas, ainda em Natal, graças a Deus!)

Esse processo, em si, não é novo para mim. Ao longo dos meus 40 anos, esse será meu endereço de número 23. Isso porque não conto os que repeti e, por algum motivo, voltei. Fui fazer as contas e me deparei com um total de 26 mudanças, contando com essa de agora. E tenho certeza que não vou parar por aí.

Alguém que já tenha se mudado tantas vezes, muitas delas sozinha, algumas delas sem poder ter ajuda, é de se esperar que esse alguém já esteja bastante acostumada com esse processo e que não encontre novidade alguma nisso, certo? Errado!

Toda mudança é única. Depende de onde estamos saindo, o que estamos levando e para onde estamos indo. Qual sentimento carregamos em cada processo desse. Já fiz mudanças muito feliz, muito triste, animada, decepcionada e frustrada. Já fiz mudança levando quase nada. já fiz mudança levando tudo de mim.

Quanto a essa mudança que estou fazendo agora, ela veio em um momento um tanto complicado, estou tendo que conviver com várias outras coisas difíceis que estão se passando dentro de mim e não tenho tido tempo para lidar com nada além da minha rotina normal e, claro, a mudança. Mas talvez por isso esteja refletindo tanto acerca do significado que ela tem para mim.

Apesar de toda mudança ser única, mudança é mudança. Seja de endereço, seja de comportamento, seja mudança física, psicológica, emocional, elas se assemelham. Em meio a todas essas caixas comecei a listar mentalmente essas semelhanças que essa etapa tem com nossas mudanças internas.

Quando começamos a nos conhecer melhor e perceber o que queremos/podemos mudar em nós mesmos, fazemos exatamente como em uma mudança de endereço. Passamos um pente fino em todas as coisas que organizamos, algumas coisas jogamos fora, outras coisas damos outro destino.

Percebemos que há coisas que perdem o sentido e nos livramos delas, abrindo assim espaço para que coisas novas possam caber naquele lugar. Ou então, coisas que nos incomodam e não podem ser simplesmente descartadas, ou que até mesmo pareciam perdidas, nós conseguimos ressignificá-las de tal forma que ganham um espaço totalmente novo nessa próxima etapa de nossas vidas.

Quando chegamos na nova morada, temos de arrumar tudo de novo lá. Encontrar lugares novos para encaixar tudo que trazemos conosco, novas formas de organizar, novas distribuições dos ambientes. Temos a sensação de habitar uma pele nova, a deliciosa sensação de ser alguém novo, sem deixar de ser nós mesmos.

Até porque o endereço novo para o qual a gente vai, a forma nova como a gente se organiza, isso é o que torna tudo novo, mesmo se estamos trazendo as mesmas coisas de sempre. Mas, claro, depois de passar por aquele filtro, por aquela criteriosa análise do que é bom manter e do que é preciso se desfazer.

Eu não preciso nem dizer como amo uma boa mudança, não é?! Também, depois de tantas! Gosto muito de me reinventar, de perceber que sou capaz de alcançar qualquer mudança a que me propor. Umas vão levar mais tempo e dar mais trabalho que outras, óbvio! Mas acredito que todas, as que realmente queremos, são possíveis.

Isso tudo me faz lembrar do cantor Gabriel, o Pensador. Ele tem um álbum em que na capa tem uma foto sua, criança, encostado em um muro onde se lê: “Seja você mesmo”. E no verso, ele adulto, encostado no mesmo muro, com a frase: “Mas não seja sempre o mesmo”. Mudança é para isso, para carregarmos conosco nossa essência e lapidar nossos defeitos e falhas para nos tornarmos sempre melhores.

Acredito, com todas as minhas forças, que todos nós podemos melhorar sempre. Tendo paciência com nosso processo, claro, mas sempre em constante evolução. Qualquer um pode! Basta querer e achar sua forma de fazer isso, dentro de suas condições e possibilidades.

Ainda sobre esse álbum dele que mencionei, tem uma faixa chamada “Até quando” que tem o seguinte trecho “Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente / A gente muda o mundo na mudança da mente / E quando a mente muda a gente anda pra frente” e eu acho isso fantástico!

Quando a gente se dispõe a se conhecer de verdade a gente não só entender o que precisa ser mudado, como também aprende como mudar. E, mudando nosso mundo interno, nós mudamos nosso mundo externo. É tudo sobre cuidar de nós mesmos, sem cair na audácia de querer mudar o outro.

Pois, quando entendemos a importância de cuidar do nosso interior, começamos a entender que o exterior deixa de ter importância, deixa de nos incomodar, começamos a deixar a mudança do outro para o outro e passamos a nutrir mais ainda nosso infinito particular que já nos oferece tudo aquilo que precisamos para seguir sempre em frente.

Até a próxima!


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