Estação de pesquisa da Emparn é invadida em Pedro Avelino, e Federação Agropecuária cobra desocupação imediata



Ícone de crédito Foto: Reprodução




Estação de pesquisa da Emparn é invadida em Pedro Avelino, e Federação Agropecuária cobra desocupação imediata





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A Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (FAERN) manifestou, nesta terça-feira (15), preocupação com a invasão da Estação Experimental Terras Secas, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), localizada no município de Pedro Avelino, região Central do estado. A entidade classificou a ocupação como um grave atentado ao desenvolvimento da agropecuária potiguar e cobrou uma resposta imediata das autoridades competentes.

A estação, que ocupa uma área de 1.600 hectares, é considerada referência nacional em pesquisas voltadas ao semiárido. No local, são desenvolvidos estudos de melhoramento genético de raças nativas de caprinos e ovinos, além de projetos com culturas adaptadas ao clima da região, como palma forrageira, milho, sorgo e feijão. A unidade também promove ações de capacitação técnica e social voltadas a produtores, estudantes e profissionais da área rural.

Para a FAERN, a ocupação coloca em risco décadas de avanços científicos e compromete diretamente a agricultura familiar, que representa cerca de 80% dos estabelecimentos rurais do Rio Grande do Norte. “A invasão representa um grave retrocesso para todos os segmentos produtivos que dependem das inovações geradas nessa estação”, afirmou a entidade em nota.

Além de denunciar os impactos imediatos sobre a pesquisa agropecuária, a federação alertou para o efeito negativo que a invasão pode causar sobre o clima de segurança jurídica no campo. Segundo a FAERN, a falta de atuação firme das autoridades diante do caso encoraja práticas ilegais e ameaça o futuro do setor rural no estado.

“Em um momento em que o setor agropecuário do RN projeta crescimento, impulsionado por um aumento de 29,1% na área plantada — um dos maiores índices proporcionais do país —, é inadmissível que ações ilegais comprometam o papel do agro na recuperação da economia estadual”, destacou a nota.

A federação encerra o comunicado reforçando o papel estratégico da Estação Terras Secas para o desenvolvimento sustentável do semiárido e solicitando urgência na desocupação do espaço. Também fez um apelo à sociedade potiguar para que permaneça “vigilante na defesa da legalidade, da ciência e da produção rural responsável”.


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