A esquerda brasileira, principalmente o Partido dos Trabalhadores (PT), principal força político-ideológica desse campo, vive uma crise porque não consegue aceitar a nova realidade que emergiu no país nos últimos 10 anos.
O bolsonarismo, mesmo tendo saído rachado do pleito municipal, se mostra pujante, enquanto o PT com a Presidência da República se mostra vacilante.
A direita foi a grande vencedora das eleições municipais porque acessa a linguagem popular, e transforma o discurso na forma que as pessoas querem ouvir.
Empreendedorismo, o Estado como um entrave na vida das pessoas, políticas públicas sociais como um meio e não um fim, são questões que a esquerda brasileira não quer nem ouvir.
A isso, soma-se a beligerância do brasileiro com a denominada “pauta de costumes” empreendida pela esquerda identitária. O identitarismo, até mesmo quando toca no racismo, tem afastado mais do que aproximado.
A direita fala a língua do povo nua e crua, a esquerda quer aplicar seu modo de ver o mundo. Essas diferenças têm sido cruciais, e através da política, tem mostrado porque mesmo com a vitória de Lula (PT) em 2022 a direita tem maior presença no Congresso Nacional, Executivos estaduais e municipais, Assembleias Legislativas e Câmaras de vereadores.