Horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou as redes sociais para agradecer a medida e convocar seus seguidores a pedirem a aplicação da Lei Magnitsky contra o Brasil.
A tarifa, considerada a mais dura imposta pelo governo americano desde o início da nova gestão de Trump, passa a valer em 1º de agosto e, segundo o republicano, responde a supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão e ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe.
Em publicação feita no antigo Twitter (atual X), Eduardo Bolsonaro afirmou:

A Lei Magnitsky Global, à qual Eduardo faz referência, é usada por governos como o dos EUA para aplicar sanções unilaterais contra autoridades estrangeiras envolvidas em corrupção ou violações de direitos humanos. Na prática, a proposta defendida pelo parlamentar poderia resultar em congelamento de bens, restrições comerciais e proibição de entrada nos EUA para membros do governo brasileiro.
Governo reage
A publicação de Eduardo foi interpretada por membros do governo como um ataque direto à soberania nacional. Nos bastidores do Planalto, assessores próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificaram a atitude como “subserviente” e “antipatriótica”.
O governo Lula anunciou que vai revidar a tarifa imposta por Trump com a Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril, que autoriza o Brasil a suspender concessões comerciais e impor barreiras a países que adotem medidas hostis contra seus interesses.
“A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo”, disse o presidente Lula em comunicado.
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