O dólar fechou com uma queda expressiva de 2,72% nesta quarta-feira (5), atingindo R$ 5,75, marcando a maior desvalorização desde 3 de outubro de 2022. O movimento foi impulsionado pela decisão dos Estados Unidos de adiar por um mês a imposição de tarifas adicionais sobre carros importados do México e do Canadá, o que gerou um clima otimista nos mercados globais, beneficiando o Brasil.
A flexibilização das tarifas americanas teve um impacto direto positivo para o Brasil, com a desvalorização da moeda americana proporcionando uma série de vantagens econômicas. A redução no valor do dólar contribui para a diminuição dos custos de importação e torna as exportações brasileiras mais competitivas, além de atrair investimentos estrangeiros para o país.
O ambiente favorável também foi refletido no mercado financeiro brasileiro. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 0,2%, fechando o dia a 123.046 pontos, acompanhando a recuperação das bolsas globais.
A decisão dos EUA de adiar a aplicação das tarifas sobre os automóveis do México e do Canadá foi uma resposta à pressão de empresas do setor, como Stellantis, Ford e General Motors. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a medida tem como objetivo dar mais tempo para as empresas se ajustarem às novas regras e transferirem a produção para os Estados Unidos, onde não terão que pagar as tarifas.
Esse alívio nas tarifas reflete uma estratégia econômica do governo americano que, embora voltará a aplicar as taxas em abril, busca evitar desvantagens econômicas imediatas para as empresas associadas ao Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA).
No cenário global, a China também tomou medidas para estimular o consumo interno, com o objetivo de manter seu crescimento econômico de 5% ou mais neste ano, apesar dos desafios impostos pela guerra comercial com os EUA.
Por aqui, as expectativas para a inflação brasileira se estabilizaram. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisado para 5,65% para o final deste ano, mantendo-se acima da meta do Banco Central, mas sem novas revisões para cima.
No campo das taxas de juros, o mercado manteve a previsão para a Selic em 15% ao fim de 2025. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorrerá entre os dias 18 e 19 de março, com expectativas de uma nova elevação de 1 ponto percentual.
Em resumo, a flexibilização das tarifas americanas e a desvalorização do dólar representam boas notícias para a economia brasileira, criando um ambiente favorável para o crescimento, com impactos positivos nas exportações, importações e confiança do mercado.
*Com informações da CNN Money