Daniel Valença detalha argumentos para pedir investigação de engorda de Ponta Negra na Câmara


Vereador irá apresentar requerimento pedindo abertura de Comissão Especial de Inquérito na próxima semana


Ícone de crédito Foto: Marcos Dantas

Vereador irá apresentar requerimento pedindo abertura de Comissão Especial de Inquérito na próxima semana

O vereador Daniel Valença promete organizar um verdadeiro dossiê dos vários problemas e polêmicas que se amontoaram em torno da realização da obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal. O levantamento em questão deve constar do requerimento que ele irá apresentar na próxima semana, na Câmara de Vereadores, para pedir a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o caso.

Em contato com a redação de O Potengi hoje, o vereador adiantou os argumentos que irá usar, detalhando uma série de possíveis irregularidades cometidas pela gestão de Álvaro Dias na realização da obra. As questões que irá levantar estão relacionadas a problemas de ordem ambiental, administrativa e de gasto de recursos públicos.

Valença cita, em primeiro lugar, “o início das obras sem a devida licença ambiental do IDEMA, em desobediência às exigências legais”. Além disso, lembra que houve a exploração de uma jazida de areia sem estudos técnicos e de forma também não licenciada pelo IDEMA, “o que pode configurar crime ambiental”.

Gastos

O vereador também destaca o “aumento expressivo dos gastos (de R$ 73 milhões para R$ 107 milhões), sem justificativas técnicas claras, além de novos gastos, como a limpeza da areia, que está repleta de cascalho”.

Ele explica que a “escolha da jazida de extração que resultou na dragagem de cascalho junto com a areia, comprometeu o resultado do projeto e sua manutenção, gerando possível desperdício de recursos atuais e futuros, assim como impactos à vida marinha”.

Dentre os fatos e argumentos que serão apresentados pelo parlamentar ainda deverão constar “a expedição de decreto emergencial duvidoso para dispensar autorização ambiental e dar continuidade à obra, configurando uma possível manobra irregular” e “coação de agentes políticos contra o IDEMA, incluindo invasão do órgão por manifestantes e agressões a servidores, comprometendo a autonomia da instituição”.

Comissão

Valença também explicou os requisitos para abertura de uma CEI na Câmara de Natal: assinatura de pelo menos um terço dos vereadores – ou seja, pelo menos 10 parlamentares – e a indicação de fatos determinados a serem investigados, com prazo definido para a conclusão dos trabalhos.

“Nosso objetivo é colocar luz num processo atropelado, irresponsável e feito, da maneira que foi, para viabilizar a permanência do consórcio político entre direita e extrema direita que se formou para continuar mandando em Natal”, acusou ele.

Comentando sobre o fato da oposição ser minoria na Câmara, Valença disse que a estratégia irá incluir “a apresentação detalhada dos fatos levantados e a mobilização da sociedade civil para pressionar pela apuração”.

“Claro que também dialogaremos com vereadores de diferentes espectros políticos para demonstrar que a CEI é uma medida necessária não apenas do ponto de vista técnico, mas também político, pois envolve a transparência no uso do dinheiro público e a preservação do meio ambiente”, defendeu ele.

0 0 Avaliações
Article Rating
Subscribe
Notify of
0 Comentários
Anterior
Próximo Mais Votados
Inline Feedbacks
Ver Todos


Daniel Valença detalha argumentos para pedir investigação de engorda de Ponta Negra na Câmara


Vereador irá apresentar requerimento pedindo abertura de Comissão Especial de Inquérito na próxima semana




Ícone de crédito Foto: Marcos Dantas


Vereador irá apresentar requerimento pedindo abertura de Comissão Especial de Inquérito na próxima semana

O vereador Daniel Valença promete organizar um verdadeiro dossiê dos vários problemas e polêmicas que se amontoaram em torno da realização da obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal. O levantamento em questão deve constar do requerimento que ele irá apresentar na próxima semana, na Câmara de Vereadores, para pedir a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o caso.

Em contato com a redação de O Potengi hoje, o vereador adiantou os argumentos que irá usar, detalhando uma série de possíveis irregularidades cometidas pela gestão de Álvaro Dias na realização da obra. As questões que irá levantar estão relacionadas a problemas de ordem ambiental, administrativa e de gasto de recursos públicos.

Valença cita, em primeiro lugar, “o início das obras sem a devida licença ambiental do IDEMA, em desobediência às exigências legais”. Além disso, lembra que houve a exploração de uma jazida de areia sem estudos técnicos e de forma também não licenciada pelo IDEMA, “o que pode configurar crime ambiental”.

Gastos

O vereador também destaca o “aumento expressivo dos gastos (de R$ 73 milhões para R$ 107 milhões), sem justificativas técnicas claras, além de novos gastos, como a limpeza da areia, que está repleta de cascalho”.

Ele explica que a “escolha da jazida de extração que resultou na dragagem de cascalho junto com a areia, comprometeu o resultado do projeto e sua manutenção, gerando possível desperdício de recursos atuais e futuros, assim como impactos à vida marinha”.

Dentre os fatos e argumentos que serão apresentados pelo parlamentar ainda deverão constar “a expedição de decreto emergencial duvidoso para dispensar autorização ambiental e dar continuidade à obra, configurando uma possível manobra irregular” e “coação de agentes políticos contra o IDEMA, incluindo invasão do órgão por manifestantes e agressões a servidores, comprometendo a autonomia da instituição”.

Comissão

Valença também explicou os requisitos para abertura de uma CEI na Câmara de Natal: assinatura de pelo menos um terço dos vereadores – ou seja, pelo menos 10 parlamentares – e a indicação de fatos determinados a serem investigados, com prazo definido para a conclusão dos trabalhos.

“Nosso objetivo é colocar luz num processo atropelado, irresponsável e feito, da maneira que foi, para viabilizar a permanência do consórcio político entre direita e extrema direita que se formou para continuar mandando em Natal”, acusou ele.

Comentando sobre o fato da oposição ser minoria na Câmara, Valença disse que a estratégia irá incluir “a apresentação detalhada dos fatos levantados e a mobilização da sociedade civil para pressionar pela apuração”.

“Claro que também dialogaremos com vereadores de diferentes espectros políticos para demonstrar que a CEI é uma medida necessária não apenas do ponto de vista técnico, mas também político, pois envolve a transparência no uso do dinheiro público e a preservação do meio ambiente”, defendeu ele.


0 0 Avaliações
Article Rating
Subscribe
Notify of
0 Comentários
Anterior
Próximo Mais Votados
Inline Feedbacks
Ver Todos