Exibições contam com ampla diversidade de obras que reforçam a importância do cinema como ferramenta de transformação social.
Natal será palco de um importante evento cultural que vai unir arte, entretenimento, educação e direitos humanos por meio da exibição de filmes. A 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, ocorre em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, reforçando a importância do cinema como ferramenta de transformação social.
A Mostra ocorre em todos os estados brasileiros e teve início no último dia 15 de maio, marcando presença em 320 pontos de exibição credenciados em todos os estados brasileiros.
No Rio Grande do Norte, o Complexo Cultural Rampa foi escolhido como um dos pontos de difusão. O equipamento terá sessões fechadas nos dias 16 e 17, exclusivas para alunos de escolas públicas das redes municipal, estadual e federal, e no dia 18 haverá sessões abertas ao público geral, com ingressos disponíveis no sympla.
O tema desta edição, “Viver com dignidade é direito humano”, convida o público a refletir sobre questões fundamentais que afetam a sociedade, como moradia, educação, saúde, cultura e lazer.
“É a segunda vez que recebemos a Mostra aqui na Rampa, o que para nós é motivo de muita alegria. Nós sabemos do papel transformador que o audiovisual pode proporcionar para a sociedade, levantando questões e fazendo refletir as diferentes realidades, além de ser uma ferramenta de afirmação da cultura e identidade brasileira. As exibições serão todas acessíveis, com libras e legenda descritiva, então é um momento de lazer e aprendizado para todos os públicos”, informa a Secretária de Estado da Cultura, Mary Land Brito.
A Mostra é produzida pelo Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF) e conta com uma ampla diversidade de obras cinematográficas, apresentadas por curadores e coletivos de diversas regiões do Brasil. Essa diversidade reflete não apenas a riqueza do cinema nacional, mas também sua capacidade de abordar temas de justiça, inclusão e direitos humanos.
Além dos doze filmes exibidos em todos os estados, no RN dois filmes potiguares convidados integram as sessões na Rampa, incluindo uma momento de debate com as diretoras: Canto de Acauã, de Jaya Pereira, e Liberdade Sem Conduta, de Dênia Cruz.
Ao proporcionar espaços de diálogo e aprendizado, a 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos reafirma seu papel na democratização do acesso à arte e no fortalecimento das políticas públicas voltadas à cidadania. Em Natal, as exibições e atividades realizadas no Complexo Cultural Rampa prometem fomentar debates essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Em 2024, o auditório do Complexo Cultural Rampa recebeu cerca 620 espectadores para a Mostra, distribuídos entre 10 sessões. Ao todo, foram quatro dias de exibições, voltadas a um público formado por estudantes de escolas públicas, pessoas assistidas por instituições sociais, como Casa Durval Paiva, Centro de Atendimento ao Surdo e Fundase, e público geral.
Além do Complexo Cultural Rampa, a Mostra chega ao RN no Cineclube da Laje, Cineclube Natal, Circo Casa Pé na Mala, Espaço Cultural Casa da Ribeira e Kurta na Kombi.
SERVIÇO
14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos – Sessões abertas ao público
Data: 18/06 (quarta-feira)
Horários:
· Sessão 1 (manhã) – das 9h às 10h45
· Sessão 2 (tarde) – das 14h30 às 16h15
Duração de cada sessão: 80 minutos
Local: Auditório – Complexo Cultural Rampa – Rua Cel. Flamínio s/nº, Santos Reis, Natal/RN.
Ingressos: https://www.sympla.com.br/evento/14-mostra-de-cinema-e-direitos-humanos/2996209
Programação – 18/06
1. Abá (1992) 4 min | SP | Livre
Direção: Cristina Amaral e Raquel Gerber.
Um ato de devoção às energias cósmicas, conhecidas pelos africanos através da religião e da cosmogonia.
2. Água rasa (2023) 20 min | MG | Livre
Direção: Dani Drumond.
Através da sabedoria de ‘Sr. Pedro, Água Rasa descobre, em seu varejão de bambu, o poder de ouvir e se conectar com o rio, com a natureza ao redor e com espíritos ribeirinhos, navegando o rio Paraopeba, contaminado pela lama tóxica de rejeito de mineração devido ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho-MG.
3. Lapso (2023) – 20 min | MG | 10 anos
Direção: Caroline Cavalcanti.
Após praticarem atos de vandalismo, Bel e Juliano, adolescentes da periferia de Belo Horizonte, cumprem medidas socioeducativas onde se conhecem, passando a compartilhar afetos e incerteza diante da dureza dos dias, da repressão e do esquecimento do sistema.
4. Mborayhu Ñemoheñoi – A luta das mulheres Avá Guarani – 20 min | PR | Livre
Direção: Carol Mira.
Em uma retomada de território ancestral no oeste do Paraná, Paulina Martines e as mulheres Avá Guarani lutam para defender seu território e garantir seus direitos. Unidas por uma determinação inabalável, elas semeiam o amor com o propósito de reflorestar não apenas a terra, mas também mentes e corações.
5. Filme Extra “Canto de Acauã” (2024) – 20 min | RN | Livre
Direção: Jaya Pereira.
Documentário etnográfico de um quilombo que enfrentou o racismo ambiental em prol da retomada de seu território ancestral. Canto de Acauã exalta a memória, lutas e encantos da comunidade, que traduzem sua força em forma de poesia, canto e dança.
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