Dados oficiais demonstram que o Rio Grande do Norte apresenta índices de participação feminina em cargos de direção e gerência superiores à média brasileira. Segundo o Observatório do Trabalho e de Políticas Sociais, vinculado à Secretaria de Estado do Trabalho (SETHAS-RN) e ao Dieese, 44,9% dos cargos de chefia no estado eram ocupados por mulheres no último trimestre de 2024.
Os números, coletados pela PNAD Contínua do IBGE, revelam crescimento consistente: em 2014, as mulheres representavam 34,5% dos cargos de direção, percentual que subiu para 41% em 2019. A média nacional em 2024 foi de 39,2%, abaixo do patamar potiguar.
O Rio Grande do Norte se destaque por ser a única unidade da federação onde a participação feminina em cargos de liderança (44,9%) supera sua representação no total da população ocupada (40%). Em contraste, no âmbito nacional, as mulheres compõem 43,2% da força de trabalho, mas apenas 39,2% dos postos de comando.
Domicílio
A proporção de mulheres que são as responsáveis pelo domicílio tem aumentado consistentemente nos últimos anos, no estado e no Brasil. Na PNAD Contínua, o responsável pelo domicílio é a pessoa que os demais moradores consideram como tal, não necessariamente relacionado com a renda.
No RN, as mulheres eram as responsáveis por 37,6% dos domicílios, em 2014. Essa proporção aumentou para 48,5% em 2019 e para 56,4% em 2024.
A maior proporção de mulheres que eram responsáveis pelo domicílio, em 2024, era na região Oeste (60,7%), muito superior à média estadual.
Em seguida, menor que a média, estavam o entorno metropolitano da capital (55,4%), a região Central (55,0%), Natal (54,6%) e o Agreste (54,4%).
A população potiguar foi estimada em 3,6 milhões de habitantes no quarto trimestre de 2024, com 51,3% de mulheres – proporção similar à nacional (51,2%).
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