Censo 2022 mostra mudança no perfil migratório dos potiguares

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Ícone de crédito Foto: Assis Fernandes

Mudanças no fluxo migratório nacional impactam dinâmica populacional do RN

Os novos dados do Censo 2022 revelam transformações significativas nos padrões de migração interna do país, com reflexos diretos no Rio Grande do Norte. Pela primeira vez na série histórica, os tradicionais polos de atração São Paulo e Rio de Janeiro registraram saldos migratórios negativos, enquanto Santa Catarina emergiu como principal destino nacional.

No contexto nordestino, a Paraíba se destacou como único estado da região com saldo positivo, recebendo 30.952 novos moradores entre 2017 e 2022. Esse movimento inclui fluxos significativos provenientes do Rio Grande do Norte, especialmente de profissionais jovens em busca de oportunidades nos centros urbanos paraibanos. O fenômeno ocorre paralelamente à manutenção da migração tradicional de potiguares para outros estados, agora com destinos mais diversificados.

O Censo confirmou a continuidade do êxodo populacional característico do Nordeste, com Bahia e Pernambuco registrando perdas superiores a 40 mil habitantes cada. Embora o IBGE não tenha divulgado números específicos para o RN, especialistas em demografia apontam que o estado segue essa tendência regional, com particular intensidade na faixa etária entre 25 e 34 anos.

Um aspecto relevante para o Rio Grande do Norte é a mudança nos destinos preferenciais dos migrantes. Os tradicionais fluxos para São Paulo e Rio de Janeiro, que durante décadas caracterizaram a mobilidade populacional potiguar, apresentam declínio acentuado. Em seu lugar, ganham força destinos como Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso, estados que lideram o ranking de atração migratória no período analisado.

Economistas locais destacam que essa reconfiguração dos fluxos migratórios exige atenção especial às políticas de desenvolvimento regional. O crescimento de setores como energias renováveis, turismo e tecnologia no RN é visto como fator estratégico para reter mão de obra qualificada e atrair investimentos. Paralelamente, observa-se movimento crescente de retorno de potiguares que haviam migrado para outros estados em décadas anteriores.

O novo panorama migratório nacional coloca desafios e oportunidades para o Rio Grande do Norte. Enquanto a perda populacional preocupa, a diversificação dos destinos e o potencial atrativo de polos regionais como Natal e Mossoró sugerem possibilidades de reversão desse quadro nos próximos anos. As transformações em curso exigirão monitoramento contínuo e políticas públicas adaptadas às novas dinâmicas populacionais.



Censo 2022 mostra mudança no perfil migratório dos potiguares

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Mudanças no fluxo migratório nacional impactam dinâmica populacional do RN

Os novos dados do Censo 2022 revelam transformações significativas nos padrões de migração interna do país, com reflexos diretos no Rio Grande do Norte. Pela primeira vez na série histórica, os tradicionais polos de atração São Paulo e Rio de Janeiro registraram saldos migratórios negativos, enquanto Santa Catarina emergiu como principal destino nacional.

No contexto nordestino, a Paraíba se destacou como único estado da região com saldo positivo, recebendo 30.952 novos moradores entre 2017 e 2022. Esse movimento inclui fluxos significativos provenientes do Rio Grande do Norte, especialmente de profissionais jovens em busca de oportunidades nos centros urbanos paraibanos. O fenômeno ocorre paralelamente à manutenção da migração tradicional de potiguares para outros estados, agora com destinos mais diversificados.

O Censo confirmou a continuidade do êxodo populacional característico do Nordeste, com Bahia e Pernambuco registrando perdas superiores a 40 mil habitantes cada. Embora o IBGE não tenha divulgado números específicos para o RN, especialistas em demografia apontam que o estado segue essa tendência regional, com particular intensidade na faixa etária entre 25 e 34 anos.

Um aspecto relevante para o Rio Grande do Norte é a mudança nos destinos preferenciais dos migrantes. Os tradicionais fluxos para São Paulo e Rio de Janeiro, que durante décadas caracterizaram a mobilidade populacional potiguar, apresentam declínio acentuado. Em seu lugar, ganham força destinos como Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso, estados que lideram o ranking de atração migratória no período analisado.

Economistas locais destacam que essa reconfiguração dos fluxos migratórios exige atenção especial às políticas de desenvolvimento regional. O crescimento de setores como energias renováveis, turismo e tecnologia no RN é visto como fator estratégico para reter mão de obra qualificada e atrair investimentos. Paralelamente, observa-se movimento crescente de retorno de potiguares que haviam migrado para outros estados em décadas anteriores.

O novo panorama migratório nacional coloca desafios e oportunidades para o Rio Grande do Norte. Enquanto a perda populacional preocupa, a diversificação dos destinos e o potencial atrativo de polos regionais como Natal e Mossoró sugerem possibilidades de reversão desse quadro nos próximos anos. As transformações em curso exigirão monitoramento contínuo e políticas públicas adaptadas às novas dinâmicas populacionais.

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