O Ministério Público do Rio Grande do Norte – MPRN, conquistou uma decisão judicial que determina ao Governo do Estado a elaboração e apresentação de um projeto de reforma e revitalização da estrutura do Casarão dos Guararapes.
A decisão é fruto de uma ação civil pública e a sentença estabelece um prazo de dois anos para a conclusão do projeto.
O Casarão dos Guararapes se localiza em Macaíba, na divisa com Natal.
A promotora de Justiça Rachel Germano, responsável pelo caso, declara a satisfação do MPRN pela decisão favorável e do ganho cultural e histórico do cidadão norteriograndense:
“(…) não se trata apenas de restaurar o antigo prédio, mas de reconstruir fielmente o que um dia foi. É crucial preservar as ruínas e construir um novo espaço ao lado, como um museu, centro cultural ou memorial, para contar essa história. Esse é um caminho possível na execução da sentença. Além do valor histórico e cultural, as ruínas possuem uma beleza cênica singular, realçada pela paisagem natural ao redor, composta pela mata atlântica e pelo rio Jundiaí”.
O Casarão já recebeu projetos anteriores, em 2011 e 2016, no entanto, nenhum foi concretizado devido a restrições orçamentárias.
Segundo a promotora, ao visitar o local, e perceber o abandono e os danos causados por vandalismo e saques, foi possível reconhecer a omissão do Poder Público.
Com a situação, se determinou que o Estado inclua verbas em seu orçamento para a preservação do patrimônio histórico-cultural.
O Casarão
O Casarão dos Guarapes, se localiza em uma área privilegiada, na divisa entre os municípios de Natal e Macaíba, às margens da BR-226.
Ele foi um um marco na economia potiguar do século XVIII e as ruínas, com pouco mais de 200 metros quadrados, são tudo o que resta do complexo Fabrício & Cia, onde ficavam a casa e o escritório do comerciante Fabrício Gomes Pedroza
O local abrigava toda a produção de açúcar, couro, algodão e diversos outros produtos de cidades do interior do estado, que eram enviados para outras regiões do Brasil e países da Europa, principalmente a Inglaterra.
Na ação civil pública, foi demonstrado que o imóvel foi tombado pelo Patrimônio Histórico do RN em 1990 e adquirido pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte em 2002, passando desde então aos cuidados da Fundação José Augusto – FJA.
Fonte: Redação
Imagem: Internet