Casamentos homoafetivos no RN têm crescimento e superam média nacional; uniões heterossexuais caem

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No Rio Grande do Norte, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo registraram um aumento significativo em 2023, superando as médias nacional e regional. Segundo dados do IBGE, divulgados nesta sexta-feira (16), as uniões entre homens cresceram 21,5%, enquanto entre mulheres o avanço foi de 14,7%. Em contraste, os casamentos heterossexuais tiveram redução de 3,5% no mesmo período.

Mossoró se destacou com um crescimento expressivo: 86,7% nas uniões entre homens e 72,7% entre mulheres. Parnamirim também registrou alta, de 16,7% e 22,2%, respectivamente. Já Natal apresentou queda de 33,3% nos casamentos entre homens, embora tenha tido um leve aumento de 5,7% entre mulheres. No total, foram registradas 65 uniões entre homens e 95 entre mulheres no estado.

Enquanto o RN teve crescimento acentuado, o Brasil registrou queda de 5,1% nos casamentos entre homens e aumento de 5,6% entre mulheres. Na região Nordeste, os números foram ligeiramente superiores à média nacional, com altas de 4,4% e 5,8%, respectivamente.

Queda nos casamentos heterossexuais

As uniões entre homens e mulheres diminuíram 3,5% no estado, passando de 13.115 em 2022 para 12.675 em 2023. Entre os maiores municípios, São Gonçalo do Amarante teve a maior redução (-28,8%), seguido por Mossoró (-4,1%), Parnamirim (-3,7%) e Natal (-3,2%). Essa tendência acompanhou a média nacional (-3,2%) e ficou acima da regional (-1,8%). O IBGE sugere que fatores econômicos e sociais, como mudanças nos hábitos conjugais e instabilidade financeira, possam explicar o declínio.

Diferença na idade média

Os casais heterossexuais se uniram, em média, aos 32,2 anos (homens) e 30,0 anos (mulheres). Já nas uniões homoafetivas, a idade média foi maior: 35,7 anos para homens e 33,5 para mulheres.

Baixa taxa de nupcialidade

Com apenas 4,7 casamentos para cada mil pessoas com 15 anos ou mais, o RN tem uma das menores taxas do país, à frente apenas de Piauí, Sergipe, Rio Grande do Sul e Maranhão. Esse indicador reflete mudanças nos padrões sociais e culturais em relação ao matrimônio.

Queda nos nascimentos

O estado também registrou redução de 1,36% no número de nascimentos, a oitava maior queda do Brasil e a segunda do Nordeste, atrás apenas da Bahia. A tendência pode indicar transformações nos hábitos reprodutivos, com possíveis impactos em políticas públicas voltadas para a infância e saúde materno-infantil.

Enquanto o RN avança no reconhecimento das uniões homoafetivas, a Tailândia recentemente aprovou uma lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, reforçando uma tendência global de ampliação de direitos civis para a comunidade LGBTQIA+.




Casamentos homoafetivos no RN têm crescimento e superam média nacional; uniões heterossexuais caem


No Rio Grande do Norte, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo registraram um aumento significativo em 2023, superando as médias nacional e regional. Segundo dados do IBGE, divulgados nesta sexta-feira (16), as uniões entre homens cresceram 21,5%, enquanto entre mulheres o avanço foi de 14,7%. Em contraste, os casamentos heterossexuais tiveram redução de 3,5% no mesmo período.

Mossoró se destacou com um crescimento expressivo: 86,7% nas uniões entre homens e 72,7% entre mulheres. Parnamirim também registrou alta, de 16,7% e 22,2%, respectivamente. Já Natal apresentou queda de 33,3% nos casamentos entre homens, embora tenha tido um leve aumento de 5,7% entre mulheres. No total, foram registradas 65 uniões entre homens e 95 entre mulheres no estado.

Enquanto o RN teve crescimento acentuado, o Brasil registrou queda de 5,1% nos casamentos entre homens e aumento de 5,6% entre mulheres. Na região Nordeste, os números foram ligeiramente superiores à média nacional, com altas de 4,4% e 5,8%, respectivamente.

Queda nos casamentos heterossexuais

As uniões entre homens e mulheres diminuíram 3,5% no estado, passando de 13.115 em 2022 para 12.675 em 2023. Entre os maiores municípios, São Gonçalo do Amarante teve a maior redução (-28,8%), seguido por Mossoró (-4,1%), Parnamirim (-3,7%) e Natal (-3,2%). Essa tendência acompanhou a média nacional (-3,2%) e ficou acima da regional (-1,8%). O IBGE sugere que fatores econômicos e sociais, como mudanças nos hábitos conjugais e instabilidade financeira, possam explicar o declínio.

Diferença na idade média

Os casais heterossexuais se uniram, em média, aos 32,2 anos (homens) e 30,0 anos (mulheres). Já nas uniões homoafetivas, a idade média foi maior: 35,7 anos para homens e 33,5 para mulheres.

Baixa taxa de nupcialidade

Com apenas 4,7 casamentos para cada mil pessoas com 15 anos ou mais, o RN tem uma das menores taxas do país, à frente apenas de Piauí, Sergipe, Rio Grande do Sul e Maranhão. Esse indicador reflete mudanças nos padrões sociais e culturais em relação ao matrimônio.

Queda nos nascimentos

O estado também registrou redução de 1,36% no número de nascimentos, a oitava maior queda do Brasil e a segunda do Nordeste, atrás apenas da Bahia. A tendência pode indicar transformações nos hábitos reprodutivos, com possíveis impactos em políticas públicas voltadas para a infância e saúde materno-infantil.

Enquanto o RN avança no reconhecimento das uniões homoafetivas, a Tailândia recentemente aprovou uma lei que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, reforçando uma tendência global de ampliação de direitos civis para a comunidade LGBTQIA+.

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