A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) realizou nesta quarta-feira (14) a Operação Apáte, que desarticulou um esquema de fraudes em contratos e notas fiscais envolvendo escolas públicas da região metropolitana de Natal. Um casal de empresários é apontado como os líderes da trama, que causou um prejuízo estimado em R$ 1 milhão aos cofres públicos.
Os investigados falsificavam documentos fiscais, incluindo notas de empenho e certidões negativas de débitos, para simular a regularidade de uma empresa fictícia. Dessa forma, conseguiam fechar contratos com escolas estaduais e municipais de Natal, Parnamirim e Nísia Floresta sem passar por processos licitatórios.
Além disso, eram produzidos orçamentos adulterados e declarações trabalhistas fraudulentas para dar aparência de legalidade às transações. A fraude foi descoberta após análise da Secretaria da Fazenda (SEFAZ/RN), que identificou notas fiscais com códigos de autenticação inválidos ou repetidos.
Mandados e medidas cautelares
Cerca de 40 policiais participaram da operação, cumprindo sete mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos, incluindo:
- Duas residências em Natal;
- Um estabelecimento comercial em Parnamirim;
- Duas escolas em Parnamirim e Nísia Floresta;
- As sedes das Secretarias Municipal e Estadual de Educação.
O casal recebeu medidas cautelares, como proibição de sair da cidade e de manter comunicação entre si. As investigações continuam para apurar possível envolvimento de servidores públicos.
Origem do nome “Apáte”
A operação faz referência à figura mitológica grega Apáte, deusa do engano e das artimanhas, simbolizando a natureza fraudulenta do esquema.
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