Categoria: Economia

  • Mineradora gera empregos e instala projeto para reuso de água em Currais Novos

    Mineradora gera empregos e instala projeto para reuso de água em Currais Novos

    Com a geração de 2.000 empregos em Currais Novos, a mineradora Aura Minerals está em fase de conclusão da etapa de construção de suas instalações e infraestrutura no município, para o início da extração de ouro no primeiro trimestre do próximo ano.

    Trata-se do Projeto Borborema, que se destaca também pela implantação da infraestrutura para reuso de água. As informações sobre a execução e as etapas do projeto na região do Seridó do Rio Grande do Norte foram detalhadas, nesta sexta-feira (20), por diretores da empresa no estado à governadora Fátima Bezerra e ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato.

    “São boas notícias. O estado cumpriu seu papel com senso de responsabilidade, buscando e conquistando desenvolvimento, que gera emprego aliado à preservação do meio ambiente”, afirmou a governadora. “Esse é um aspecto muito importante, assegurar desenvolvimento para ampliar cada vez mais a geração de empregos”, acrescentou.

    Ela ressaltou também que a licença de instalação à mineradora foi concedida no atual governo. “Fizemos o nosso dever de casa por intermédio de um diálogo permanente com a empresa, que atendeu aos critérios do Proedi [Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial] e, com isso, recebe o incentivo”, salientou.

    A governadora citou as soluções de sustentabilidade ambiental que integram o projeto, a exemplo do reuso da água, como outra informação relevante sobre o empreendimento.

    “Por tudo isso, é mais desenvolvimento sustentável para o Rio Grande do Norte”, afirmou. Ela citou também a atuação do prefeito de Currais Novos, Odon Júnior. “Foi um parceiro fundamental nesse diálogo institucional”, observou.

    O secretário de Desenvolvimento Econômico afirmou que o governo tem tratado com atenção as possíveis demandas da mineradora e isso foi essencial para garantir o empreendimento no estado. “Desde o primeiro momento que a Aura chegou ao RN há essa interlocução e estamos fazendo o papel de estado ao garantir a receptividade que um empreendimento como esse precisa”, pontuou.

    O diretor de Operações da Aura Borborema, Fred Silva, informou que a mineradora está em fase final de construção do projeto e a previsão é que o início da produção de ouro ocorra no primeiro trimestre de março. “Atualmente, são dois mil empregos diretos”, citou. Ele disse que as práticas de saúde e segurança são observadas com rigor pela companhia. “Estamos há quase três milhões de horas sem nenhuma pessoa se acidentar no projeto”, comentou.

    Fred Silva afirmou que o projeto de reuso da água da cidade de Currais Novos é pioneiro na mineração mundial. “Retiramos a água do esgoto, tratamos, dessalinizamos e operamos”, explicou. “Isso tudo graças à parceria com a Caern e o governo do estado. Isso reforça nosso compromisso com o Rio Grande do Norte”, ressaltou.

    A projeção, segundo o diretor de operações, é para produção de dois milhões de toneladas por ano.

  • Produção de gás natural cresce no RN

    Produção de gás natural cresce no RN

    A exploração de gás natural no Rio Grande do Norte teve um aumento de 11,7% no acumulado do ano até setembro, em relação ao mesmo período dos nove meses do ano passado.

    O número integra a mais recente edição do Boletim Trimestral de Petróleo e Gás Natural e Arrecadação de Royalties – Terceiro Trimestre de 2024, divulgado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico.

    A publicação informa que a produção onshore (em terra) trimestral de petróleo e gás natural em 2024 alcançou 2,23 milhões de barris e 73.474 Mm³, respectivamente. Em termos diários, a produção foi de 24.274 barris de petróleo e 799 Mm³ de gás natural. No trimestre, o aumento da produção de gás natural foi de 12,82%.

    “Localizado na Bacia Potiguar, o Canto do Amaro se consolidou como o maior produtor de petróleo onshore do Brasil no terceiro trimestre de 2024, sendo responsável por 8% da produção nacional”, aponta o Boletim.

    “Além disso, o campo de Estreito, também situado na mesma bacia, destacou-se como o campo com o maior número de poços produtores em operação no país, reforçando a relevância da região para a indústria petrolífera brasileira”, acrescenta.

    Os repasses de royalties provenientes das atividades do setor de petróleo e gás, no terceiro trimestre de 2024, para os 98 municípios potiguares beneficiados por essa distribuição, chegaram a R$ 82,6 milhões.

    A exploração de petróleo acumulado do ano mostra uma leve variação de -0,27% em relação a 2023, representando uma diminuição de apenas 780 barris por dia.

    O Boletim, elaborado pela Coordenadoria de Desenvolvimento Energético (CODER) da SEDEC, tem o objetivo de apresentar um panorama da produção de petróleo e gás natural na Bacia Potiguar durante o terceiro trimestre de 2024, detalhando os volumes produzidos, os principais campos em operação e a distribuição dos royalties entre os municípios da região.

    Acesse aqui a íntegra da publicação: http://www.adcon.rn.gov.br/ACERVO/sedec/DOC/DOC000000000345648.PDF

  • Segunda parcela do 13º salário deverá injetar R$ 125 bilhões na economia

    Segunda parcela do 13º salário deverá injetar R$ 125 bilhões na economia

    A economia brasileira receberá um impulso significativo com o pagamento da segunda parcela do 13º salário, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

    Um estudo da entidade prevê a injeção de R$ 125,6 bilhões na economia neste ano, o que representa um aumento de 4,8% em comparação aos R$ 119,8 bilhões pagos no mesmo mês do ano passado, já em valores corrigidos.

    Desse montante, a prioridade dos brasileiros deve ser com as compras de fim de ano (R$ 44,1 bilhões ou 35% do total). A quitação e o abatimento das dívidas aparecem logo em seguida na intenção de gastos dos trabalhadores, que destinarão R$ 42,5 bilhões (34%) para esta finalidade. As projeções para o setor de serviços e poupança totalizam R$ 24 bilhões e R$ 15 bilhões, respectivamente.

    “Este comportamento se deve ao aumento do nível de ocupação no mercado de trabalho e à ligeira queda do grau de comprometimento da renda média da população ao longo dos últimos 12 meses”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros. Segundo ele, os profissionais na ativa tendem a impulsionar o consumo de fim de ano, período de maior aquecimento das vendas no comércio, que historicamente registram um avanço médio de 25%. Os segmentos mais beneficiados pela intenção de compra são o de vestuário e calçados (80%), livrarias e papelarias (50%) e lojas de utilidades domésticas (33%).

    Comprometimento da renda

    Apesar de o grau de comprometimento da renda média da população seguir em patamar historicamente alto, em 29,8%, de acordo com o Banco Central, houve um recuo. Há um ano, o mesmo indicador estava em 30,1%. Pelos cálculos da CNC, para cada aumento de um ponto percentual, a propensão marginal a consumir cede 1,1%.

    “A expansão da renda e do emprego em 2024 e o recuo da taxa média de juros na primeira metade do ano explica o cenário. No entanto, o que se nota são indícios da retomada da inadimplência no segundo semestre com a adoção da política monetária mais restritiva”, analisa Fabio Bentes, economista-chefe da CNC.

    Confira aqui o estudo na íntegra

  • Feliz Natal: presentes, viagens e festas injetarão R$ 1,8 bilhões na economia potiguar, projeta Instituto Fecomércio RN

    Feliz Natal: presentes, viagens e festas injetarão R$ 1,8 bilhões na economia potiguar, projeta Instituto Fecomércio RN

    Marcado pelas comemorações de Natal e Réveillon, o final do ano é o período de maior faturamento para os negócios do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Em 2024, de acordo com estudo do Instituto Fecomércio RN, as últimas datas comemorativas do ano devem movimentar aproximadamente R$ 1,81 bilhão no estado – R$ 598,6 milhões por meio da compra de presentes; R$ 686,4 milhões através de gastos com viagens; e R$ 524,7 milhões graças às confraternizações entre amigos e colegas de trabalho, por exemplo.

    “Estou confiante de que o período natalino será especialmente próspero para os negócios locais. Estimamos que aproximadamente 70% dos natalenses e 60% dos mossoroenses irão às compras, superando os índices observados em outras datas comemorativas. Além disso, nossa expectativa é ainda mais positiva, já que cerca de um em cada quatro consumidores do estado planeja viajar no final deste ano, movimentando ainda mais a economia”, ressaltou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte, Marcelo Queiroz.

    Itens de vestuário serão os mais procurados pelos consumidores com 55% de intenção. Pensando em presentear principalmente os filhos (40%), cerca de 25% dos entrevistados pelo IFC pretende comprar pelo menos dois itens. Além disso, segundo as pesquisas do Instituto Fecomércio RN, o consumidor potiguar deve gastar uma média de R$ 350 – um crescimento de 4% em comparação ao valor registrado no mesmo período do ano passado.

    Para mapear as intenções de compras para o Natal, o Instituto Fecomércio RN (IFC) entrevistou um total de 600 consumidores em Natal e de 508 em Mossoró. O nível de confiança de ambos os levantamentos é de 95%, com margem de erro de 4 pontos percentuais.

    Confira as pesquisas completas no site: https://fecomerciorn.com.br/pesquisas.

    Capital potiguar concentra um terço do faturamento

    Em Natal, os gastos com presentes, viagens e confraternizações deve somar R$ 604,82 milhões. A maior parte das pessoas que vivem na capital pretende comprar em shoppings (56,7%); pagar à vista, em espécie, por pix ou cartão de débito (56,7%); e comemorar em casa (53,7%).

    Além disso, cerca de 22,8% dos consumidores natalenses ouvidos pelo Instituto Fecomércio RN pretendem viajar no fim do ano. Vale ressaltar que o valor médio que será gasto nessas viagens cresceu 9,7% desde o ano passado, saltando de R$ 1.245,54 para R$ 1.366,20.

    Comércio de rua será o preferido dos mossoroenses

    Na capital do Oeste, o período natalino movimentará cerca de R$ 149,86 milhões – um aumento de 5,5% em comparação ao mesmo período de 2023, quando os gastos com presentes, viagens e confraternizações de final de ano injetaram R$ 142,04 milhões na economia de Mossoró.

    De acordo com o levantamento do IFC, cerca de 58,3% dos mossoroenses comprarão no comércio de rua. A maioria pretende parcelar o pagamento dos presentes, usando cartão de crédito ou boleto (60,1%); e vai comemorar o fim de ano na casa de parentes/amigos (45,8%).

    Fecomércio RN lança campanha promocional para estimular vendas

    Para fomentar o comércio de rua no final do ano, a segunda edição do projeto Brilha Natal – iniciativa do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac RN – está sendo marcada pela realização de campanha promocional e sorteio de prêmios. Até 25 de dezembro, consumidores que fizerem compras a partir de R$ 50,00 (cinquenta reais), nas lojas filiadas aos sindicatos da Federação, à Associação Viva O Centro ou à Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (Aeba), concorrerão a motos, notebooks, alexas e smart TVs.

    Confira o regulamento da campanha: https://conteudo.fecomerciorn.com.br/campanha-promocional.

  • Consumo das famílias sustenta avanço de comércio e serviços em outubro

    Consumo das famílias sustenta avanço de comércio e serviços em outubro

    O consumo das famílias brasileiras continua surpreendendo positivamente, mesmo diante de desafios como o aumento da inflação e condições de crédito mais restritivas. Em outubro, o volume de vendas no comércio registrou uma elevação de 0,4%, enquanto as receitas do setor de serviços apresentaram uma expansão de 1,1%, segundo os dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

    De acordo com o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, os resultados destacam a resiliência do setor terciário. “Apesar das incertezas econômicas, o consumo das famílias se mantém como um pilar da economia nacional, especialmente em um cenário de recuperação do emprego e aumento da renda”, afirma.

    Resultados impulsionados por emprego e renda

    O mercado de trabalho tem sido um fator crucial para o desempenho dos setores de comércio e serviços. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) mostram que, até setembro, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceu 2% nos últimos 12 meses, enquanto a massa real de rendimentos aumentou 7% no mesmo período.

    A taxa de desocupação, por sua vez, caiu para 6,4%, o menor índice histórico da série. “O aumento da ocupação e da renda das famílias tem compensado o impacto do crédito mais caro, permitindo um consumo mais robusto no fim do ano”, analisa Fabio Bentes, economista da CNC.

    Hiper e supermercados crescem, apesar da inflação

    Entre os segmentos do comércio, o crescimento do volume de vendas em hiper e supermercados (elevação de 0,3%) foi um dos destaques, mesmo diante de uma inflação mais elevada em outubro (alta de 0,56% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA).

    Já o setor de serviços apresentou uma expansão expressiva, liderada pelo turismo, que registrou crescimento de 4,7% no mês, a maior variação mensal desde maio de 2023. Esse desempenho reforça o otimismo do setor para o encerramento de 2024, com as vendas no varejo acumulando aumento de 5% no ano e as receitas dos serviços crescendo 2,3%.

    Cenários desafiadores para 2025

    Apesar dos resultados positivos, a CNC alerta para desafios no horizonte. A política monetária mais restritiva e o aumento das taxas de inadimplência podem pesar sobre o consumo no próximo ano. Em setembro, a taxa média de juros ao consumidor chegou a 51,8% ao ano, e a inadimplência alcançou 29,3% das famílias brasileiras. “O cenário fiscal e externo será fundamental para determinar se o setor terciário conseguirá sustentar o atual ritmo de crescimento em 2025”, conclui Bentes.

    Confira aqui a análise completa

  • Endividamento registra queda em Natal, mas inadimplência segue em alta no mês de novembro

    Endividamento registra queda em Natal, mas inadimplência segue em alta no mês de novembro

    O endividamento das famílias natalenses apresentou queda em novembro de 2024, alcançando o menor índice para o mês desde 2019. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 225,4 mil das famílias na capital potiguar (83,9%) estavam endividadas, frente a 86,6% em novembro de 2023. Este foi o sexto mês consecutivo de queda no indicador.

    O aumento da renda, pela maior geração de empregos, queda do desemprego e maior transferência de renda via benefícios sociais, aliado à maior utilização do PIX como meio de pagamento, delinearam a queda do endividamento na capital potiguar.

    Por outro lado, a inadimplência, que mede o percentual de famílias com contas em atraso, voltou a crescer, atingindo 122,9 mil famílias (45,8%) em novembro. Apesar do aumento, o índice ainda está abaixo dos 55,4% registrados no mesmo período do ano passado. Para o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, o cenário traz pontos de atenção. “Embora a redução do endividamento mostre avanços, a alta da inadimplência reforça a necessidade de medidas que ajudem as famílias a reorganizarem suas finanças. É fundamental que a renda extra de fim de ano, como o 13º salário, seja utilizada de forma estratégica para equilibrar os compromissos”, afirmou.

    A pesquisa também destacou que 60,1% das famílias com contas em atraso possuem dívidas há mais de 30 dias. A manutenção da inadimplência, que mede o percentual de famílias sem condições de quitar dívidas, voltou ao patamar de novembro de 2023, registrando 6,3 mil famílias (2,4%).

    Comparação com a média nacional
    Enquanto o endividamento em Natal apresentou queda, o índice nacional teve leve alta, alcançando 77% em novembro de 2024, acima dos 76,6% do ano anterior. Já a inadimplência nacional ficou estável em 29,3%, levemente superior ao registrado em novembro de 2023 (29%).

  • Natal deve movimentar R$ 69,75 bilhões no varejo, 1,3% a mais do que em 2023, aponta CNC

    Natal deve movimentar R$ 69,75 bilhões no varejo, 1,3% a mais do que em 2023, aponta CNC

    Com a expectativa de movimentar R$ 69,75 bilhões em vendas, o Natal de 2024 deve apresentar aumento real de 1,3% (já descontada a inflação) no faturamento do varejo. Essa é a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que, apesar de prever maior volume do que no ano passado, estima que não será desta vez que o setor vai igualar o patamar pré-pandemia – no Natal de 2019, foram R$ 73,74 bilhões. Em relação às vagas temporárias, o estudo projeta a contratação de 98,1 mil trabalhadores.

    Principal responsável histórico pela geração de receitas do comércio varejista no Brasil, os super e hipermercados deverão representar 45% (R$ 31,37 bilhões) da movimentação financeira no período, seguidos pelas lojas especializadas em itens de vestuário, calçados e acessórios, com 28,8% do total (R$ 20,07 bilhões), e pelos estabelecimentos voltados aos artigos de usos pessoal e doméstico, com 11,7% (R$ 8,16 bilhões).

    “A atual dinâmica de consumo tem atuado no incremento das vendas, neste fim de ano. Mas as condições menos favoráveis causadas pelo aperto monetário iniciado em setembro pelo Banco Central já são sentidas pelo consumidor final. Isso explica a curva de crescimento menos acentuada no comparativo com o ano passado, quando projetamos o aumento de 5,6%”, analisa o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

    Festa dos super e hipermercados

    O mês de dezembro registra, em média, 25% de aumento das vendas do setor varejista, percentual este que chega a 80% no segmento de roupas e acessórios, impulsionado pelas trocas de presentes típicas desta época do ano. “O Natal é a principal data comemorativa do comércio. Juntos, os segmentos de hiper e supermercados e de vestuário devem responder por aproximadamente 75% de tudo o que o varejo vende, principalmente por conta da demanda por alimentos para ceia”, explica Fabio Bentes, economista-chefe da CNC em exercício.

    O otimismo com o incremento das vendas neste fim de ano pode ser explicado pela menor taxa de desemprego desde 2012 (6,4% no trimestre encerrado em setembro) e o avanço real de 7,0% na massa de rendimentos em relação ao mesmo período de 2023.

    “O vestuário é o segmento mais democrático do varejo, com tickets bastante variados, atendendo todas as camadas da população. Esses dois segmentos do varejo devem fazer com que as vendas deste ano tenham um ligeiro crescimento, principalmente por conta do bom momento do mercado de trabalho”, salienta Bentes.

    Natal mais caro

    A desvalorização cambial deverá elevar os preços dos produtos tipicamente natalinos, com o avanço médio de 5,8%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), na medição dos 12 meses encerrados em dezembro. O valor da cesta deverá ser pressionado pela alta do valor dos livros (12,0%), dos produtos para a pele (9,5%) e dos alimentos em geral (8,3%). No entanto, devem ficar mais baratos presentes como bicicletas (queda de 6,2%), aparelhos telefônicos (redução de 5,5%) e brinquedos (diminuição de 3,5%).

    Papai Noel mais gordo no Sudeste

    Na análise nacional por estados, São Paulo (R$ 20,96 bilhões), Minas Gerais (R$ 7,12 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bilhões) devem concentrar mais da metade (55,5%) da movimentação financeira prevista pela CNC. Paraná e Bahia são as Unidades Federativas com as maiores projeções de avanço nas vendas, com o incremento de 5,1% e 3,6%, respectivamente, no faturamento.

    Menos contratações temporárias

    A CNC estima ainda a contratação de 98,1 mil trabalhadores temporários para atender ao volume de vendas na principal data comemorativa do varejo. O número representa 2,3 mil trabalhadores a menos do que no Natal do ano passado, pontua o economista Fabio Bentes.

    “Curiosamente, o número é menor do que o do ano passado, quando mais de 100 mil temporários foram contratados. A razão disso é o fato de que o quadro de funcionários das empresas veio crescendo ao longo do ano, com o aumento de aproximadamente 3% na força de trabalho, nos últimos 12 meses, ou seja, mais de 240 mil vagas criadas”, explica. Segundo ele, isso faz com que o varejo dependa menos do trabalho temporário. “Já para 2025, a expectativa do próprio setor é que sejam efetivados aproximadamente oito mil desses trabalhadores temporários”, finaliza.

  • Fórum Mineral começa nesta quinta (28) com discussão estratégica para o desenvolvimento do RN

    Fórum Mineral começa nesta quinta (28) com discussão estratégica para o desenvolvimento do RN

    O 5º Fórum Estadual Mineral será nesta quinta (28.11) e sexta-feira (29.11), no auditório do Idema, com palestras e mesas redondas que terão a participação de diretores das agências reguladoras e de fomento à inovação no setor, especialistas de algumas das principais instituições de pesquisa da área, diretores de empresas internacionais e gestores de órgãos públicos com investimentos em projetos de infraestrutura com repercussão na mineração nacional e do Rio Grande do Norte.

    O Fórum é promovido pelo Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), instituições e empresas parceiras, no auditório do IDEMA, com o tema “A importância dos minerais críticos e estratégicos para o desenvolvimento do RN”. A abertura está programada para as 15h da quinta-feira (28).

    Ao chegar nessa 5ª edição, o Fórum está consolidado entre os principais eventos do setor no país, e reúne anualmente a comunidade científica e acadêmica da área, além de autoridades, entre os quais dirigentes da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), além de empreendedores, dirigentes de empresas e pesquisadores.

    O secretário de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato, afirma que o êxito do Fórum Estadual Mineral é uma demonstração do interesse pela retomada do setor no estado. “Na medida em que a atividade mineral no Rio Grande do Norte confirma uma retomada nestes últimos cinco anos, o Fórum, que anualmente vem sendo promovido neste período, é um sucesso com a promoção de discussões técnicas em um segmento tão importante para o crescimento com geração de oportunidades e empregos no estado”, afirmou.

    Ele ressaltou que em uma das edições do Fórum houve o lançamento dos mapas de Geologia e de Recursos Naturais, uma iniciativa relevante para contribuir nos estudos e possibilidade de novos empreendimentos no RN. Ele recordou que “antes dessas iniciativas, há vinte anos, não se tinha programas coordenados para essa área, na qual o estado tem potencial e já mostrou vocação em outros períodos de sua história econômica”.

    Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, um aspecto relevante é que foram identificadas reservas de lítio com potencial de desenvolvimento e que, com isso, o estado pode receber empreendimentos. Ele observou que esse, certamente, será um dos assuntos tratados nessa edição do Fórum. “Teremos oportunidade de um debate construtivo sobre a mineração no estado, sempre na perspectiva do fortalecimento dessa atividade que tanto pode contribuir com nosso crescimento”, disse.

    Na quinta-feira, após a abertura do Fórum, às 15h, haverá uma palestra sobre “pesquisa em minerais estratégicos/críticos no Brasil para alavancar a descarbonização e o bem-estar social”, com Roberto Perez Xavier, diretor executivo na Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro. Em seguida, será aberta a Feira Mineral.

    A programação da sexta-feira começará às 8h. A palestra das 9h40 será sobre o Porto Indústria Verde do RN, ministrada por Hugo Fonseca, secretário adjunto da SEDEC/RN.

    A partir das 16h10, haverá um Talk Show sobre a “Importância dos Minerais Críticos e Estratégicos para o Desenvolvimento do RN”, com Francisco Valdir da Silveira, diretor de Geologia e Recursos Minerais no Serviço Geológico do Brasil (SGB); Alexandre Magno Rocha da Rocha, professor do IFRN; e Carlos Nogueira da Costa Junior, diretor de Relações Governamentais na 4Bmining Corp.

    Clica aqui e confira a programação completa.