Brasileiros que planejam viajar para os Estados Unidos devem se preparar para um novo custo. O Congresso norte-americano aprovou, na última semana, uma lei proposta pelo ex-presidente Donald Trump que estabelece uma nova taxa de até US$ 250 para a maioria dos estrangeiros que solicitarem vistos de não imigrante, como os de turismo, estudo, trabalho temporário e intercâmbio.
A medida faz parte do pacote fiscal batizado de “One Big Beautiful Bill”, que inclui a criação da chamada Visa Integrity Fee, além de uma taxa adicional de US$ 24 pelo formulário de registro do visto. A nova cobrança ainda não tem data exata para começar a valer, mas pode entrar em vigor a partir do ano fiscal de 2026 nos Estados Unidos, que se inicia em 1º de outubro de 2025.
Visto mais caro
Atualmente, o valor cobrado para vistos de não imigrante, como o de turista (B1/B2), é de US$ 185. Com as novas taxas, o custo pode ultrapassar US$ 450 por pessoa, dependendo das definições finais do Departamento de Segurança Interna dos EUA, que poderá ajustar o valor da Visa Integrity Fee para acima dos US$ 250 inicialmente previstos.
Além disso, o valor da nova taxa será atualizado anualmente com base na inflação oficial dos EUA e não substitui as cobranças já existentes. Ou seja, o custo total para tirar o visto americano tende a aumentar consideravelmente.
Quem pode pedir reembolso?
A nova legislação prevê a possibilidade de reembolso parcial da taxa, mas apenas se o solicitante cumprir uma série de condições durante sua estadia no território americano. Entre os critérios estão:
- Não trabalhar sem autorização nos EUA;
- Retornar ao país de origem dentro do prazo permitido no visto (com tolerância de até cinco dias).
Os valores que não forem reembolsados irão para o fundo do Tesouro americano.
Impacto no Brasil
A medida pode dificultar ainda mais o acesso de brasileiros aos Estados Unidos, especialmente em um momento em que a procura por vistos voltou a crescer após a pandemia. O Brasil está entre os países com maior número de solicitações de vistos de turismo e intercâmbio para os EUA, e a alta de custos tende a pesar no bolso dos viajantes.
Embora a embaixada dos EUA no Brasil ainda não tenha se pronunciado oficialmente sobre o início da nova cobrança, especialistas recomendam que quem já está planejando viagens para os próximos anos antecipe o processo de solicitação do visto, caso queira evitar os novos custos.
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