Braga Netto acaba de ser preso pela PF



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Marcelo Camargo / EBC Marcelo Camargo / EBC

A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado (14), o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. A detenção ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro, durante uma operação que contou com apoio do Exército. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de obstrução da Justiça.

Braga Netto foi conduzido ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia das Forças Armadas. A ação faz parte de uma investigação que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) após as eleições de 2022. Além da prisão, a PF cumpre dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar no Rio de Janeiro e em Brasília.

De acordo com o relatório da investigação, o general é apontado como uma figura central na tentativa de golpe, sendo mencionado 98 vezes no documento de 884 páginas da Operação Contragolpe. O inquérito revela que Braga Netto teria participado da elaboração de um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa ações coercitivas por Forças Especiais. Entre as medidas, o plano mencionava o assassinato do presidente Lula e de Geraldo Alckmin, além da prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A Polícia Federal destacou que há elementos concretos que indicam o envolvimento do general. “Os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do estado democrático de direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento”, afirmou a PF em nota oficial.

O plano, segundo as investigações, foi discutido em reuniões realizadas em Brasília nos meses de novembro e dezembro de 2022, logo após o segundo turno das eleições. Em encontro no dia 8 de novembro daquele ano, os militares investigados teriam acertado os detalhes do planejamento que seria apresentado a Braga Netto.

A defesa do general nega as acusações e afirma que ele não teve qualquer conhecimento de documentos relacionados a um golpe ou de planos de assassinato. Até o momento, não houve manifestação oficial da defesa sobre a prisão.

A Operação Contragolpe, que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e de outros 36 investigados, apura os crimes de tentativa de abolição do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.




O Potengi

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Braga Netto acaba de ser preso pela PF



Marcelo Camargo / EBC Marcelo Camargo / EBC




A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado (14), o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. A detenção ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro, durante uma operação que contou com apoio do Exército. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de obstrução da Justiça.

Braga Netto foi conduzido ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia das Forças Armadas. A ação faz parte de uma investigação que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) após as eleições de 2022. Além da prisão, a PF cumpre dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar no Rio de Janeiro e em Brasília.

De acordo com o relatório da investigação, o general é apontado como uma figura central na tentativa de golpe, sendo mencionado 98 vezes no documento de 884 páginas da Operação Contragolpe. O inquérito revela que Braga Netto teria participado da elaboração de um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa ações coercitivas por Forças Especiais. Entre as medidas, o plano mencionava o assassinato do presidente Lula e de Geraldo Alckmin, além da prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A Polícia Federal destacou que há elementos concretos que indicam o envolvimento do general. “Os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do estado democrático de direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento”, afirmou a PF em nota oficial.

O plano, segundo as investigações, foi discutido em reuniões realizadas em Brasília nos meses de novembro e dezembro de 2022, logo após o segundo turno das eleições. Em encontro no dia 8 de novembro daquele ano, os militares investigados teriam acertado os detalhes do planejamento que seria apresentado a Braga Netto.

A defesa do general nega as acusações e afirma que ele não teve qualquer conhecimento de documentos relacionados a um golpe ou de planos de assassinato. Até o momento, não houve manifestação oficial da defesa sobre a prisão.

A Operação Contragolpe, que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e de outros 36 investigados, apura os crimes de tentativa de abolição do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.


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