A Polícia Civil confirmou que o bebê Aslan Gabriel Ferreira Ramalho, de apenas 1 ano e 8 meses, foi vítima de envenenamento. O laudo pericial do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) detectou a presença de uma toxina altamente nociva, semelhante ao chumbinho, no organismo da criança. A substância foi encontrada em um alimento consumido pela vítima, segundo informou o delegado Gabriel Napoli, responsável pela investigação.
O menino morreu no dia 27 de abril, após dar entrada em uma unidade de saúde em Triunfo Potiguar, no interior do Rio Grande do Norte. Ainda de acordo com a polícia, a substância foi identificada em amostras do estômago e do sangue da criança, bem como em vestígios recolhidos no pote de açaí oferecido a ela e no conteúdo do vômito.
“Os mesmos vestígios que foram encontrados na cena do crime, no pote de açaí, no vômito, são compatíveis com o inseticida identificado no laudo. O exame confirmou que se trata da mesma substância presente no corpo da criança”, afirmou o delegado Napoli.
O crime
Aslan estava sob os cuidados do pai, Allan da Silva Ferreira, quando a mãe, Flávia Quintana, foi buscá-lo. O casal era separado. Flávia relatou à polícia que, ao chegar à casa de Allan, encontrou o filho sem reações. Questionado, o pai teria dito apenas que alimentou o menino e que ele estava bem.
Ambos levaram a criança para o hospital da cidade, onde os profissionais tentaram reanimá-lo, sem sucesso. A morte foi confirmada ainda na unidade de saúde.
Após o óbito, Allan afirmou que iria buscar os documentos do menino em casa, mas não retornou. Preocupada com a demora, Flávia foi até a residência do ex-companheiro e encontrou o imóvel com marcas de sangue. Segundo seu relato, Allan foi visto tentando se ferir no peito com golpes de faca, em aparente tentativa de suicídio.
No entanto, ele fugiu e permaneceu foragido por alguns dias. No dia 3 de maio, Allan foi encontrado morto.
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