Aumento significativo: Brasil abrigou mais de 143 Mil refugiados em 2023, aponta relatório

O Brasil registrou um aumento significativo no número de refugiados em 2023, segundo dados do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O relatório revela que pelo menos 143.033 pessoas estavam refugiadas no país durante o ano passado, representando um aumento de 117,2% em comparação a 2022.

Origens e Gênero dos Refugiados

A maioria das novas pessoas reconhecidas como refugiadas pelo governo brasileiro em 2023 eram migrantes vindos da Venezuela, representando 97,5% do total, seguidos por cubanos, que correspondiam a 1,2%. Os homens representaram 51,7% do total de refugiados reconhecidos, enquanto as mulheres representaram 47,6%.

Faixa Etária e Proteção Legal

Quando considerada a faixa etária, cerca de 44,3% das pessoas reconhecidas como refugiadas eram crianças, adolescentes e jovens com até 18 anos de idade. Tanto homens (35,4%) quanto mulheres (37,2%) estavam concentrados no grupo de idade menor que 15 anos. Refugiados são pessoas que saem de seus países de origem de forma forçada, com o retorno representando risco à sua integridade física, e o refúgio oferece uma proteção legal internacional.

Pedidos de Refúgio e Distribuição Regional

Em 2023, houve um total de 58.628 mil imigrantes que solicitaram abrigo no Brasil, um aumento de 8.273 solicitações em comparação a 2022. O Conselho Nacional para os Refugiados (Conare) analisou 138.359 pedidos durante o ano. A maioria dessas solicitações veio da região Norte do Brasil, representando 72% do total, seguida pelas regiões Sudeste (8,9%), Sul (6,4%) e Centro-Oeste (1,7%).

Origens dos Pedidos e Situação no Aeroporto de São Paulo

No Aeroporto Internacional de São Paulo, quase 300 pessoas estavam aguardando para fazer o pedido de refúgio na quarta-feira (11). Os pedidos de refúgio foram recebidos de 150 países diferentes, com venezuelanos, cubanos e angolanos liderando as estatísticas. A Venezuela, Cuba e Angola foram os países que mais solicitaram abrigo, seguidos pelo Vietnã e Colômbia.

Destaques do Documento

O relatório destaca que, em São Paulo, os solicitantes de reconhecimento da condição de refugiado têm origens diversas, incluindo Venezuela, Angola, Afeganistão, China e Bangladesh, revelando uma organização espacial de fluxos forçados diversificada.

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