Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva até abril deste ano, 211 armas de fogo ilegais foram retiradas de circulação no Rio Grande do Norte pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). Em 2023, foram registradas 198 apreensões, representando um aumento de 48,87% em relação a 2022, quando 133 armas foram confiscadas pelas forças federais. Os dados estão disponíveis no ComunicaBR, plataforma de transparência ativa do Governo Federal.
Em todo o país, entre janeiro de 2023 e abril de 2024, a PF, PRF e SENASP apreenderam 13.340 armas de fogo. No ano passado, foram registradas 10.935 apreensões, um aumento de 28% em relação a 2022, quando 8.466 armas foram retiradas de circulação. Nos primeiros quatro meses de 2024, mais 2.405 armas foram apreendidas.
O diretor de Operações Integradas e de Inteligência da SENASP (DIOP/SENASP), Rodney Silva, explica que o aumento das apreensões em 2023 e 2024 se deve ao reforço na fiscalização e às ações operacionais da PF, PRF e das polícias militares e civis dos estados.
“O foco tem sido a prevenção das ocorrências de crimes mais graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita desse comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas propriamente dito, tomadas de cidade e outros crimes violentos”, afirma Silva.
Ações como o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC), que conta com um aporte federal de R$ 900 milhões até 2026, e a expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (GISE) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO), ligados à Polícia Federal, impactaram diretamente os números de apreensões de armas de fogo no Brasil.
Os GISE foram expandidos em 2023 e agora operam em 21 estados. As FICCO estão presentes em todo o país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública destinou R$ 85 milhões para o funcionamento dessas unidades, especialmente para pagamento de diárias, aquisição de viaturas, materiais de apoio e equipamentos tecnológicos e de inteligência.
“O desafio da segurança pública no combate ao uso ilegal de arma de fogo perpassa pelo fortalecimento da atividade de inteligência de segurança pública, a integração das forças de segurança e também a participação da sociedade na construção coletiva de soluções alternativas em busca do entendimento sobre a resolução de conflitos”, finaliza Rodney Silva.