Vereador de Caicó propõe lei que assegura direito de oferecer água e comida a animais de rua, em resposta à fala de prefeito

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O prefeito de Caicó, Judas Tadeu (PSDB), causou polêmica ao declarar, em entrevista à Rádio Rural na última terça-feira (6), que a população não deveria alimentar cães de rua, argumentando que isso contribui para o aumento de animais abandonados. A declaração foi criticada por ONGs e protetores de animais, que classificaram a fala como “humilhante” e “extremamente preocupante” e um retrocesso nas políticas de proteção animal.

O prefeito afirmou que a solução para o problema não está na alimentação comunitária, mas em políticas públicas como castração em massa e conscientização sobre adoção responsável. “A população precisa entender que o problema não será resolvido apenas com a alimentação dos animais, mas com ações estruturadas”, disse.

Em resposta a fala do prefeito, o vereador Dedé Boneleiro (PODE) protocolou, nesta quarta-feira (07), um projeto de lei em que assegura o direito a qualquer cidadão de oferecer água e alimento a animais em situação de rua no município de Caicó. No projeto, um dos artigos proíbe o poder público de retaliar ou penalizar pessoas que fornecem alimentos para os bichos de rua.

A Associação Caicoense de Proteção aos Animais e Meio Ambiente (ACAPAM), que atua desde 2013 com trabalho voluntário, reagiu com indignação. Joelma Santos, diretora da entidade, relatou que os custos mensais ultrapassam R$ 10 mil, podendo ser ainda superior caso hajam resgates, e que a ONG não recebe apoio do poder público. “Achei humilhante (a fala do prefeito). Nós já fazemos o trabalho do poder público totalmente de graça por amor e ainda ser criticados. Ele podendo se preocupar em fazer o básico pelo menos que é repassar as emendas impositivas destinadas pelos vereadores”, afirmou.

A declaração do prefeito também foi repudiada por outras organizações, como o Instituto Hope RN, a ASPAN e a UIPA, que alertaram para o risco de maus-tratos e abandono caso a população deixe de ajudar os animais.

“Se não fosse os protetores Caicó com certeza teria mais animais que gente”, afirmou Joelma Santos.

Em nota, o prefeito Tadeu reiterou que sua intenção não era atacar os animais, mas chamar atenção para a necessidade de medidas mais eficazes. No entanto, não comentou a falta de repasses às ONGs. Protetores seguem arrecadando doações para manter abrigos, inclusive pagando aluguéis para abrigar animais resgatados das ruas.



Vereador de Caicó propõe lei que assegura direito de oferecer água e comida a animais de rua, em resposta à fala de prefeito

O prefeito de Caicó, Judas Tadeu (PSDB), causou polêmica ao declarar, em entrevista à Rádio Rural na última terça-feira (6), que a população não deveria alimentar cães de rua, argumentando que isso contribui para o aumento de animais abandonados. A declaração foi criticada por ONGs e protetores de animais, que classificaram a fala como “humilhante” e “extremamente preocupante” e um retrocesso nas políticas de proteção animal.

O prefeito afirmou que a solução para o problema não está na alimentação comunitária, mas em políticas públicas como castração em massa e conscientização sobre adoção responsável. “A população precisa entender que o problema não será resolvido apenas com a alimentação dos animais, mas com ações estruturadas”, disse.

Em resposta a fala do prefeito, o vereador Dedé Boneleiro (PODE) protocolou, nesta quarta-feira (07), um projeto de lei em que assegura o direito a qualquer cidadão de oferecer água e alimento a animais em situação de rua no município de Caicó. No projeto, um dos artigos proíbe o poder público de retaliar ou penalizar pessoas que fornecem alimentos para os bichos de rua.

A Associação Caicoense de Proteção aos Animais e Meio Ambiente (ACAPAM), que atua desde 2013 com trabalho voluntário, reagiu com indignação. Joelma Santos, diretora da entidade, relatou que os custos mensais ultrapassam R$ 10 mil, podendo ser ainda superior caso hajam resgates, e que a ONG não recebe apoio do poder público. “Achei humilhante (a fala do prefeito). Nós já fazemos o trabalho do poder público totalmente de graça por amor e ainda ser criticados. Ele podendo se preocupar em fazer o básico pelo menos que é repassar as emendas impositivas destinadas pelos vereadores”, afirmou.

A declaração do prefeito também foi repudiada por outras organizações, como o Instituto Hope RN, a ASPAN e a UIPA, que alertaram para o risco de maus-tratos e abandono caso a população deixe de ajudar os animais.

“Se não fosse os protetores Caicó com certeza teria mais animais que gente”, afirmou Joelma Santos.

Em nota, o prefeito Tadeu reiterou que sua intenção não era atacar os animais, mas chamar atenção para a necessidade de medidas mais eficazes. No entanto, não comentou a falta de repasses às ONGs. Protetores seguem arrecadando doações para manter abrigos, inclusive pagando aluguéis para abrigar animais resgatados das ruas.


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