Os serviços essenciais de saúde prestados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Natal, Transporte Sanitário e o Programa de Acessibilidade Especial Porta a Porta (PRAE) estão sob risco iminente de paralisação. O motivo é a demissão em massa de 36 condutores de ambulância, realizada na última semana pela empresa terceirizada JMT/Clarear, contratada pela Prefeitura do Natal.
A medida gerou forte reação do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Rio Grande do Norte (Sindconam-RN), que classificou os desligamentos como arbitrários e sinalizou a possibilidade de uma paralisação dos serviços já nesta sexta-feira (23), caso a situação não seja revertida. Segundo o sindicato, os trabalhadores dispensados possuem ampla experiência, muitos com atuação direta no enfrentamento da pandemia de covid-19.
Em nota oficial, o Sindconam-RN denunciou o que considera uma retaliação. “Repudiamos veementemente qualquer ato de perseguição, assédio institucional ou retaliação política contra trabalhadores e suas representações legítimas”, afirmou a entidade, relacionando as demissões a ações judiciais movidas pelo sindicato em defesa de melhores condições de trabalho e do cumprimento da legislação trabalhista.
Além de considerar a medida como uma afronta ao movimento sindical, a categoria alerta para os impactos diretos à população em caso de paralisação, uma vez que os serviços afetados atendem demandas urgentes de saúde e mobilidade de pessoas com deficiência.
A entidade estuda convocar uma assembleia geral para decidir os rumos do movimento e não descarta a deflagração de uma greve geral nos próximos dias. Até o momento, a Prefeitura do Natal e a empresa JMT/Clarear não se pronunciaram publicamente sobre a situação.
*Com informações da Tribuna do Norte
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