Após 34 anos, Justiça homologa acordo milionário com professores da UFRN







Após 34 anos, Justiça homologa acordo milionário com professores da UFRN







Um dos processos mais antigos da Justiça do Trabalho no Rio Grande do Norte teve desfecho histórico nesta segunda-feira (3). Após 34 anos de tramitação, foi homologado um acordo que garante o pagamento de R$ 363,6 milhões a 1.453 professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A ação, movida em 1990, pedia a correção salarial devida aos docentes em razão das perdas provocadas pelos Planos Bresser e Verão, que afetaram servidores públicos em todo o país no final da década de 1980. No total, o processo envolvia 1.928 pessoas, mas parte delas ainda não aderiu ao acordo, e o caso segue em tramitação no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A homologação ocorreu durante audiência no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc-Natal), com a presença de representantes do sindicato Adurn, advogados, procuradores federais e docentes beneficiados. A juíza Rachel Villarim, que conduziu a audiência, destacou o simbolismo da decisão: “Depois de tantos anos de espera, hoje foi o dia de materializar o acordo. A Justiça começa agora a expedir os precatórios pela 9ª Vara do Trabalho”.

O presidente do Adurn, Oswaldo Negrão, comemorou o resultado. “Foram anos de luta para chegar a um desfecho justo. Esse acordo é fruto de muito esforço e representa uma vitória para mais de 1.400 professores e seus herdeiros”, afirmou.

Segundo o sindicato, o valor acordado prevê desconto de 40% sobre o total atualizado da ação, mas, ainda assim, o montante supera o valor em execução no TST, em razão do índice de atualização aplicado.

Entre abril e junho deste ano, o sindicato realizou consultas e assinaturas individuais dos termos de adesão, com mais de 70% dos beneficiários optando pela conciliação. Para os demais, o processo seguirá aguardando julgamento — e, possivelmente, novas rodadas de negociação.


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