AGU pede investigação para saber se Eduardo Bolsonaro manipulou dólares para lucrar com tarifaço

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Ícone de crédito Foto: Joshua Roberts / REUTERS

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedido formal para que sejam investigadas operações cambiais suspeitas ocorridas horas antes do anúncio das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. O documento, assinado pelo advogado-geral da União substituto Flávio José Roman no sábado (19), solicita que o caso seja apurado no âmbito do inquérito que já investiga o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

A manifestação da AGU baseia-se em reportagem do Jornal Nacional que revelou movimentações atípicas no mercado de câmbio antes da divulgação oficial do “tarifaço” norte-americano. O órgão aponta indícios de que agentes financeiros possam ter se beneficiado de informações privilegiadas para obter ganhos expressivos com a antecipação dos impactos econômicos das medidas.

O pedido destaca publicação de Spencer Hakimian, fundador da Tolou Capital Management, que indicava possibilidade de lucros de até 50% com operações cambiais antecipadas. A AGU alerta que tais práticas podem configurar crime de uso indevido de informação relevante não divulgada ao mercado, previsto na legislação brasileira com penas de um a cinco anos de reclusão, além de multas.

A solicitação inclui notificação à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para que adotem as providências administrativas e civis cabíveis. O documento reforça a conexão entre as suspeitas e as investigações em curso contra Eduardo Bolsonaro, que apuram possível tentativa de obstrução da Justiça e coação ao STF.

A AGU cita ainda parecer da PGR que associa as sanções comerciais a uma estratégia de pressão política contra o Judiciário brasileiro: “A implementação do aumento de tarifas tem como finalidade a criação de grave crise econômica no Brasil, para gerar pressão política e social no Poder Judiciário”.

O caso será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga as atividades de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e suas possíveis ligações com as medidas comerciais adotadas pelo governo Trump.




AGU pede investigação para saber se Eduardo Bolsonaro manipulou dólares para lucrar com tarifaço


Ícone de crédito Foto: Joshua Roberts / REUTERS

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedido formal para que sejam investigadas operações cambiais suspeitas ocorridas horas antes do anúncio das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. O documento, assinado pelo advogado-geral da União substituto Flávio José Roman no sábado (19), solicita que o caso seja apurado no âmbito do inquérito que já investiga o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

A manifestação da AGU baseia-se em reportagem do Jornal Nacional que revelou movimentações atípicas no mercado de câmbio antes da divulgação oficial do “tarifaço” norte-americano. O órgão aponta indícios de que agentes financeiros possam ter se beneficiado de informações privilegiadas para obter ganhos expressivos com a antecipação dos impactos econômicos das medidas.

O pedido destaca publicação de Spencer Hakimian, fundador da Tolou Capital Management, que indicava possibilidade de lucros de até 50% com operações cambiais antecipadas. A AGU alerta que tais práticas podem configurar crime de uso indevido de informação relevante não divulgada ao mercado, previsto na legislação brasileira com penas de um a cinco anos de reclusão, além de multas.

A solicitação inclui notificação à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para que adotem as providências administrativas e civis cabíveis. O documento reforça a conexão entre as suspeitas e as investigações em curso contra Eduardo Bolsonaro, que apuram possível tentativa de obstrução da Justiça e coação ao STF.

A AGU cita ainda parecer da PGR que associa as sanções comerciais a uma estratégia de pressão política contra o Judiciário brasileiro: “A implementação do aumento de tarifas tem como finalidade a criação de grave crise econômica no Brasil, para gerar pressão política e social no Poder Judiciário”.

O caso será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga as atividades de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e suas possíveis ligações com as medidas comerciais adotadas pelo governo Trump.

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