Agora, receba!



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Olá, queridos! Como vão?

Dentre todos os assuntos que já trouxe aqui para vocês, relacionados a essa jornada de autoconhecimento, o que quero tratar hoje é um dos que mais identifiquei dificuldade na hora de desenvolver, que determinou a mudança na minha forma de me ver e me sentir no mundo: saber receber.

Duas palavrinhas simples, mas que juntas não são tão simples assim. A gente passa os primeiros anos das nossas vidas, teoricamente, apenas recebendo. Enquanto bebês, por exemplo, alguém nos alimenta, nos dá banho, nos troca, nos protege, nos coloca para dormir e vários outros etecéteras.

Digo teoricamente porque não estamos apenas recebendo. A gente bem sabe que daqueles serumaninhos-come-dorme já se espera muita coisa. As tais das expectativas alheias que já tratamos aqui, não nos alonguemos nesse debate. O que quis enfatizar é que, mesmo quando estamos em fase de apenas receber, o que deveria ser a regra, já se espera algo de nós.

Muitos de nós vão crescendo e aprendendo que o mundo não nos deve nada. Que devemos correr atrás daquilo que desejamos. Esses ensinamentos têm muito senso. O que não tem o menor sentido é sermos ensinados que tudo na vida, sem exceção, vem através de muito esforço. Que só é válido o que suamos sangue para ter. Que o que vem fácil, vai fácil. Que devemos sempre desconfiar quando a esmola é demais.

É certo que existem as malícias da vida e que dá aquele arrepio na nuca quando algo parece bom demais para ser verdade. Mas, eu fico me perguntando, será que não podia ser? Será que só porque é bom demais, não pode ser verdade?

Claro que sempre checando fatos e tendo cuidado com as armadilhas da vida, e das pessoas mal intencionadas, mas por que é tão errado ter fé e acreditar que coisas boas acontecem, sim?

Penso que construímos nosso imaginário assim porque, muitos de nós, não fomos ensinados a receber. Receber a bondade alheia, receber o que pode, sim, vir de graça. Receber uma quantidade incontável de bênçãos e alegrias. Receber gentilezas, afeto, amor.

E acredito que isso está muito ligado ao fato de não termos sido ensinados a construir nossa autoestima. Afinal, saber receber é saber o seu valor. Se eu sei que valho muito, nunca vou ficar surpresa ou desconfortável com as alegrias e os presentes que a vida me traz. Muito pelo contrário, vou sempre achar que é a coisa mais natural do mundo!

E não. Isso não é papo de leonina. (Tá bom, é um pouco. Mas não só isso).

Isso é um desabafo sincero de quem não sabia receber e hoje já aprendeu o gosto azedinho que tem, receber se sentindo genuinamente merecedora. (Eu digo azedinho porque é o que mais apetece meu paladar. Para vocês pode ser doce. Ou salgado. Vocês entenderam).

Vou aproveitar a pertinência da época, esse mês eu faço aniversário, e falar para vocês um pouco sobre como passei, e ainda passo, por esse aprendizado tão importante. Meu aniversário ainda não chegou, mas já comemorei antecipadamente com amigos e familiares e foi um dia cheio de alegria e energias incríveis. Amei. Amo celebrar meu aniversário. Hoje. Porque na maior parte da minha adolescência, e ainda por algum tempo do começo da vida adulta, eu não gostava.

Sério! Eu ficava muito triste no meu aniversário. Me sentia desconfortável com as felicitações que recebia. Eu só não deixava as pessoas perceberem, mas por dentro eu não estava nada bem. Era um dia em que eu recebia muitos desejos bons, abraços, carinho e tudo soava falso para mim.

Todas aquelas pessoas destinando a mim seu carinho mais sincero e eu não sentia como tal. Hoje eu entendo que era porque eu não via em mim a pessoa que elas viam. Eu não me via. Não me conhecia. Não me amava. Ao menos não como passei a me amar com os anos. Por não sentir por mim mesma o que toda aquela gente sentia, eu sofria por passar um dia inteiro recebendo um amor que eu achava que fosse fingido, querendo que fosse real. E que eu só não sentia como real porque eu não sabia enxergar.

A minha autoestima era tão baixa, eu me conhecia tão pouco, quase nada, que isso me cegava para meu próprio valor. Isso me deixava completamente insensível ao quão sincero sempre foi o carinho, o amor e os elogios que recebi dos meus.

Depois que comecei a me conhecer, a aprender a me amar, a cultivar minha autoestima e entender meu valor, passei a amar meu aniversário. Passo um bom tempo antes já animada com a data. Não faço festa, faço quase uma micareta. Vários dias saindo e comemorando. Se deixar, é o mês todinho. Passei a amar essa energia boa que te dão em razão do aniversário. Para mim, quanto mais, melhor. Antecipado. No dia. Atrasado. Eu recebo!

Fizeram uma surpresa tão bacana para mim esses dias e a única coisa que eu conseguia pensar era em como eu mudei. A Fernanda de anos atrás não se sentiria merecedora nem da mais simples homenagem. Já a de hoje, só soube sorrir, agradecer e receber com muita alegria, sabendo-se merecedora de todo carinho que lhe destinam.

Dei o exemplo do aniversário, mas isso aconteceu em vários aspectos da minha vida. Deixei de ser uma pessoa que não aceitava ajuda, que não se deixava cuidar, para ser alguém que está sentindo prazer em receber. Especialmente nas pequenas, e significativas, coisas.

Outra coisa que entendi é que saber meu valor e me entender merecedora não é um comportamento arrogante, nem esnobe, nem muito menos egoísta ou ganancioso. Até porque eu sei que valho muito e aceito de bom grado caso alguém queira me dar uma ilha de presente de aniversário (é brincadeira, mas se colar colou, né! hehe). Mas, retribuo com um sorriso maior ainda quando ganho um sorriso sincero e cheio de afeto.

Saber meu valor e, consequentemente, saber receber não é sobre quantidade, tamanho, preço. Saber meu valor é sobre aceitar o que vem com intensidade, intenção, qualidade, valor. É receber de braços e coração abertos tudo de bom que vem ao nosso encontro. É também se permitir viver uma sequência de alegrias e conquistas sem temer que algo de ruim está para acontecer.

Recentemente uma amiga me lembrou que saber receber também é eliminar da sua vida aquilo que você não merece, aquilo que não corresponde ao seu valor, para deixar livre o espaço que será ocupado por aquilo que você, de fato, merece.

Quando estamos acostumados a fazer as vontades alheias para nos encaixar no universo de alguém, ou por simplesmente querer agradar a alguém, nos esquecemos de como é simplesmente receber. Ser cuidada. Ter nossas necessidades atendidas, para variar.

No começo pode ser difícil acertar a mão e se permitir receber novamente. Vai por mim, eu sei do que estou falando. Mas uma hora a gente pega o jeito. Uma hora a gente acostuma. E quando a gente entende o que realmente merece, o mundo ganha um colorido tão especial! Garanto que foi uma das transformações mais lindas que já passei. Que ainda estou passando, para ser bem sincera. Ainda tenho muito que aprender.

E se você ainda não sabe bem por onde começar a receber, comece reconhecendo seu valor. Identifique suas qualidades, as coisas nas quais é bom, seus pontos fortes e, acima de tudo, perceba que tipo de energia você entrega às pessoas. Que tipo de tratamento dispensa a elas. Que tipo de sentimentos emana para o mundo.

Aposto que se fizer uma análise dessa, olhando para si com bastante generosidade, vai perceber que seu valor é imenso. E que, consequentemente, merece receber coisas lindas, mavavilhosas e incríveis do Universo.

(“Linda, mavavilhosa e incrível” é como uma priminha minha aprendeu a falar de si mesma. Sou fã da mãe dela, minha prima, por isso. E, sendo sincera, acho muito mais legal a grafia dela para “maravilhosa”. Mavavilhosa é muito mais divertido dizer!)

Quanto a mim, sigo por aqui aprendendo a receber mais ainda, reconhecendo cada vez mais meu valor, me conhecendo cada dia um pouco mais. E, claro, continuando as celebrações do meu aniversário porque… só porque sim, mesmo. Porque eu quero e mereço.

Espero que identifiquem o valor de vocês também e que aprendam a receber sempre o melhor. Comecem recebendo agora, de mim, meus mais sinceros votos de que essa energia boa chegue até vocês para ajudar, quem ainda não consegue, a ver quão valorosos e merecedores são.

Até a próxima!



Agora, receba!






Olá, queridos! Como vão?

Dentre todos os assuntos que já trouxe aqui para vocês, relacionados a essa jornada de autoconhecimento, o que quero tratar hoje é um dos que mais identifiquei dificuldade na hora de desenvolver, que determinou a mudança na minha forma de me ver e me sentir no mundo: saber receber.

Duas palavrinhas simples, mas que juntas não são tão simples assim. A gente passa os primeiros anos das nossas vidas, teoricamente, apenas recebendo. Enquanto bebês, por exemplo, alguém nos alimenta, nos dá banho, nos troca, nos protege, nos coloca para dormir e vários outros etecéteras.

Digo teoricamente porque não estamos apenas recebendo. A gente bem sabe que daqueles serumaninhos-come-dorme já se espera muita coisa. As tais das expectativas alheias que já tratamos aqui, não nos alonguemos nesse debate. O que quis enfatizar é que, mesmo quando estamos em fase de apenas receber, o que deveria ser a regra, já se espera algo de nós.

Muitos de nós vão crescendo e aprendendo que o mundo não nos deve nada. Que devemos correr atrás daquilo que desejamos. Esses ensinamentos têm muito senso. O que não tem o menor sentido é sermos ensinados que tudo na vida, sem exceção, vem através de muito esforço. Que só é válido o que suamos sangue para ter. Que o que vem fácil, vai fácil. Que devemos sempre desconfiar quando a esmola é demais.

É certo que existem as malícias da vida e que dá aquele arrepio na nuca quando algo parece bom demais para ser verdade. Mas, eu fico me perguntando, será que não podia ser? Será que só porque é bom demais, não pode ser verdade?

Claro que sempre checando fatos e tendo cuidado com as armadilhas da vida, e das pessoas mal intencionadas, mas por que é tão errado ter fé e acreditar que coisas boas acontecem, sim?

Penso que construímos nosso imaginário assim porque, muitos de nós, não fomos ensinados a receber. Receber a bondade alheia, receber o que pode, sim, vir de graça. Receber uma quantidade incontável de bênçãos e alegrias. Receber gentilezas, afeto, amor.

E acredito que isso está muito ligado ao fato de não termos sido ensinados a construir nossa autoestima. Afinal, saber receber é saber o seu valor. Se eu sei que valho muito, nunca vou ficar surpresa ou desconfortável com as alegrias e os presentes que a vida me traz. Muito pelo contrário, vou sempre achar que é a coisa mais natural do mundo!

E não. Isso não é papo de leonina. (Tá bom, é um pouco. Mas não só isso).

Isso é um desabafo sincero de quem não sabia receber e hoje já aprendeu o gosto azedinho que tem, receber se sentindo genuinamente merecedora. (Eu digo azedinho porque é o que mais apetece meu paladar. Para vocês pode ser doce. Ou salgado. Vocês entenderam).

Vou aproveitar a pertinência da época, esse mês eu faço aniversário, e falar para vocês um pouco sobre como passei, e ainda passo, por esse aprendizado tão importante. Meu aniversário ainda não chegou, mas já comemorei antecipadamente com amigos e familiares e foi um dia cheio de alegria e energias incríveis. Amei. Amo celebrar meu aniversário. Hoje. Porque na maior parte da minha adolescência, e ainda por algum tempo do começo da vida adulta, eu não gostava.

Sério! Eu ficava muito triste no meu aniversário. Me sentia desconfortável com as felicitações que recebia. Eu só não deixava as pessoas perceberem, mas por dentro eu não estava nada bem. Era um dia em que eu recebia muitos desejos bons, abraços, carinho e tudo soava falso para mim.

Todas aquelas pessoas destinando a mim seu carinho mais sincero e eu não sentia como tal. Hoje eu entendo que era porque eu não via em mim a pessoa que elas viam. Eu não me via. Não me conhecia. Não me amava. Ao menos não como passei a me amar com os anos. Por não sentir por mim mesma o que toda aquela gente sentia, eu sofria por passar um dia inteiro recebendo um amor que eu achava que fosse fingido, querendo que fosse real. E que eu só não sentia como real porque eu não sabia enxergar.

A minha autoestima era tão baixa, eu me conhecia tão pouco, quase nada, que isso me cegava para meu próprio valor. Isso me deixava completamente insensível ao quão sincero sempre foi o carinho, o amor e os elogios que recebi dos meus.

Depois que comecei a me conhecer, a aprender a me amar, a cultivar minha autoestima e entender meu valor, passei a amar meu aniversário. Passo um bom tempo antes já animada com a data. Não faço festa, faço quase uma micareta. Vários dias saindo e comemorando. Se deixar, é o mês todinho. Passei a amar essa energia boa que te dão em razão do aniversário. Para mim, quanto mais, melhor. Antecipado. No dia. Atrasado. Eu recebo!

Fizeram uma surpresa tão bacana para mim esses dias e a única coisa que eu conseguia pensar era em como eu mudei. A Fernanda de anos atrás não se sentiria merecedora nem da mais simples homenagem. Já a de hoje, só soube sorrir, agradecer e receber com muita alegria, sabendo-se merecedora de todo carinho que lhe destinam.

Dei o exemplo do aniversário, mas isso aconteceu em vários aspectos da minha vida. Deixei de ser uma pessoa que não aceitava ajuda, que não se deixava cuidar, para ser alguém que está sentindo prazer em receber. Especialmente nas pequenas, e significativas, coisas.

Outra coisa que entendi é que saber meu valor e me entender merecedora não é um comportamento arrogante, nem esnobe, nem muito menos egoísta ou ganancioso. Até porque eu sei que valho muito e aceito de bom grado caso alguém queira me dar uma ilha de presente de aniversário (é brincadeira, mas se colar colou, né! hehe). Mas, retribuo com um sorriso maior ainda quando ganho um sorriso sincero e cheio de afeto.

Saber meu valor e, consequentemente, saber receber não é sobre quantidade, tamanho, preço. Saber meu valor é sobre aceitar o que vem com intensidade, intenção, qualidade, valor. É receber de braços e coração abertos tudo de bom que vem ao nosso encontro. É também se permitir viver uma sequência de alegrias e conquistas sem temer que algo de ruim está para acontecer.

Recentemente uma amiga me lembrou que saber receber também é eliminar da sua vida aquilo que você não merece, aquilo que não corresponde ao seu valor, para deixar livre o espaço que será ocupado por aquilo que você, de fato, merece.

Quando estamos acostumados a fazer as vontades alheias para nos encaixar no universo de alguém, ou por simplesmente querer agradar a alguém, nos esquecemos de como é simplesmente receber. Ser cuidada. Ter nossas necessidades atendidas, para variar.

No começo pode ser difícil acertar a mão e se permitir receber novamente. Vai por mim, eu sei do que estou falando. Mas uma hora a gente pega o jeito. Uma hora a gente acostuma. E quando a gente entende o que realmente merece, o mundo ganha um colorido tão especial! Garanto que foi uma das transformações mais lindas que já passei. Que ainda estou passando, para ser bem sincera. Ainda tenho muito que aprender.

E se você ainda não sabe bem por onde começar a receber, comece reconhecendo seu valor. Identifique suas qualidades, as coisas nas quais é bom, seus pontos fortes e, acima de tudo, perceba que tipo de energia você entrega às pessoas. Que tipo de tratamento dispensa a elas. Que tipo de sentimentos emana para o mundo.

Aposto que se fizer uma análise dessa, olhando para si com bastante generosidade, vai perceber que seu valor é imenso. E que, consequentemente, merece receber coisas lindas, mavavilhosas e incríveis do Universo.

(“Linda, mavavilhosa e incrível” é como uma priminha minha aprendeu a falar de si mesma. Sou fã da mãe dela, minha prima, por isso. E, sendo sincera, acho muito mais legal a grafia dela para “maravilhosa”. Mavavilhosa é muito mais divertido dizer!)

Quanto a mim, sigo por aqui aprendendo a receber mais ainda, reconhecendo cada vez mais meu valor, me conhecendo cada dia um pouco mais. E, claro, continuando as celebrações do meu aniversário porque… só porque sim, mesmo. Porque eu quero e mereço.

Espero que identifiquem o valor de vocês também e que aprendam a receber sempre o melhor. Comecem recebendo agora, de mim, meus mais sinceros votos de que essa energia boa chegue até vocês para ajudar, quem ainda não consegue, a ver quão valorosos e merecedores são.

Até a próxima!


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