A sua versão sobre si atualizada com sucesso.

Olá, queridos! Como vão? . Faz um tempo eu conversava com um amigo, contando sobre um diálogo que tinha tido com outra pessoa. E como estava certa que, ao me expressar, transmiti exatamente a ideia que tinha a intenção de falar. Qual foi a minha surpresa quando ele me fez ver que eu estava totalmente…


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Vc é fera com as letrinhas.


Olá, queridos! Como vão?

.

Faz um tempo eu conversava com um amigo, contando sobre um diálogo que tinha tido com outra pessoa. E como estava certa que, ao me expressar, transmiti exatamente a ideia que tinha a intenção de falar. Qual foi a minha surpresa quando ele me fez ver que eu estava totalmente errada. Que aquilo que eu pensei ter dito, eu só pensei mesmo. Mas na hora de externar eu passei uma ideia totalmente diferente do que pretendia.

.

Isso me levou a uma reflexão bem intensa sobre como me conhecer também é conhecer as versões do outro sobre mim. Não falo de uma forma a aceitar apenas a opinião alheia. Não! Falo de entender a nós mesmo pelo olhar do outro que enxerga aquilo nós ainda não conseguimos.

.

Todo ser humano tem várias versões ao longo da vida, que vão se apresentando à medida que crescemos, amadurecemos, vivemos certas experiências. Mas além dessas, existem as versões de nós que habitam o imaginário alheio.

.

Cada pessoa que me conhece tem a sua versão sobre mim. Uma forma de dizer que, não só pelas milhares de Fernandas que habitam a minha cabeça, mas eu também sou várias, externamente, pelas tantas quantas cabeças nas quais eu também habito. Afinal, cada pessoa é seu próprio universo com conhecimento, cultura, bagagem diferentes. Nenhuma surpresa que cada um veja a mesma coisa de perspectivas diversas.

.

Depois dessa conversa, eu fiquei pensando se a minha versão de mim mesma era realmente a versão que eu estava externando para o mundo. Se eu estava sendo coerente com o que eu acredito ser minha essência ao colocá-la para fora de mim.

.

O que eu sei é que eu não sou responsável pelo que o outro pensa de mim. Com isso não devemos nos preocupar. Mas eu sou responsável pelo que, de mim, eu mostro para o outro.

.

Não por uma questão de buscar validação de quem eu sou, mas para que a minha identidade, para que a minha consciência de mim mesma esteja fortalecida pela sincronia entre a pessoa me que habita internamente e a pessoa que se mostra para o mundo. As duas em harmonia nos trazem paz. E nos fazem avançar várias casas no caminho do autoconhecimento.

.

A questão preocupante nessas versões de nós, a do outro e a nossa própria, é porque somos criados, ainda hoje, sem a devida orientação sobre como conhecermos a nós mesmos.

.

Pertencemos a um modelo de sociedade que nos ensina como é bom atingir expectativas alheias, que nos ensina que o correto é seguir o modelo dos que vieram antes de nós. Que quem se difere do grupo é estranho, é colocado para escanteio. E, assim, demoramos a externar a versão de nós mesmos porque ela não combina com a versão dos outros sobre nós.

.

E o que só piora essa situação é que, apesar dessa insistência eterna social de nos encaixar em grupos, em caixas, ninguém, absolutamente ninguém, é igual.

.

Eu já vivi muito tempo sendo a versão de outros sobre mim. Achava que aquela minha versão de mim mesma não era boa o suficiente porque não combinava com a maioria das versões que os outros imaginavam, ou queriam, que eu fosse. Deixei minha própria versão presa numa gaiola, quietinha.

.

Acontece que quando algo é nosso, é genuíno, em algum momento ele vai acabar rompendo essa gaiola. E, mesmo que não queira, ela vai bater as asas desejosas por voar.

.

Uma parte de mim que eu não permitia ganhar o mundo era a minha escrita. Escrever, para mim, é algo visceral. Não importa quem vá ler, se alguém vai querer ler. Não importa quem eu alcance. Eu escrevo porque as palavras saem de mim de forma incontrolável.

.

Às vezes estou ocupada fazendo algo e um pensamento criativo/literário começa a surgir. Seja ele um raciocínio, uma poesia, uma cena de uma das minhas histórias, uma música, o que for. Eu preciso parar imediatamente o que estou fazendo e colocar no papel. Geralmente é coisa rápida, anoto a ideia e volto ao que estava fazendo.

.

Pensando bem, agora enquanto escrevo, percebi que ele se comporta mesmo como um passarinho que precisa alçar voo urgentemente e só vai parar de piar quando conseguir ir ali rapidinho, um rolezinho só. Daí quando eu dou atenção, ele voa rapidinho e volta para descansar, comer uma frutinha, quem sabe.

.

É algo mais forte que eu, eu simplesmente preciso guardar aquilo de forma que nunca se apague. Porque se não anoto na hora, muitas vezes aquele algo que estava sendo criado na minha cabeça se perde, nunca mais consigo recuperar. E chega a doer um pouco quando isso acontece. De verdade.

.

A urgência em escrever e a imprevisibilidade dessas vontades é tamanha que ando para cima e para baixo com papel e caneta, ou o bloco de notas do celular. Várias vezes já encostei o carro enquanto dirigia, peguei um bloco e caneta que ficam no bolsão lateral da porta e anotei o que surgia, para só depois seguir viagem.

.

Estou contando isso porque, apesar de ser algo tão intenso hoje, eu demorei muito para atender a esse chamado. Escrevo desde sempre, mas tinha receio de mostrar ao mundo o que fazia. Justamente porque parte do que eu escrevia, e ainda escrevo, não condizia com a versão dos outros sobre mim. E isso me bloqueava até mesmo de escrever, mesmo que ninguém fosse ler.

.

Só que desde que eu comecei a dar mais espaço para a escrita na minha vida, ela começou a se comportar mais e mais como esse passarinho pedindo para sair. Ao ponto que hoje ela nem aceita que eu feche a gaiola, ela sai a hora que quer. Ela só quer minha atenção para admirar seu voo.

.

Hoje, cada vez mais em contato com minha versão sobre mim mesma, em vários aspectos da vida, o que acaba por refletir também na escrita, quanto mais eu escrevo, mais quero escrever. Mais pensamentos criativos/literários eu tenho. Um ciclo virtuoso. Que eu amo como a poucas coisas na vida.

.

Quanto mais eu permito a minha versão de mim mesma se abrir para o mundo, mais ela quer aparecer. E mais ela aparece. Dentro da minha versão de mim mesma existem várias Fernandas. Uma delas, desconfio que uma das mais falantes e exigentes de atenção, é a Fernanda escritora. Ela é uma força da natureza, como dizem.

.

E aí me observo e entendo que validei a versão errada de mim mesma por muito tempo. Escondi minha versão e acatei a versão do outro sobre mim, e a errada ainda por cima. Pois negligenciei também aquela versão que representava como me apresento para o mundo, que é a que os outros veem, mas tentava me encaixar na versão daquilo que o outro pensava, e não do que via, sobre mim.

.

E agora eu te pergunto, quando eu falei sobre o que representa a escrita enquanto parte de mim, você identificou em si algo que te move dessa forma? O que, na sua vida, tem o poder de te fazer esquecer do resto do mundo? Esse chamado que te causa urgência em atender. Seja o que for esse desejo, essa identificação com a sua essência.

.

Eu te pergunto agora, quantas vezes você escondeu ou negligenciou isso porque representava uma versão de você que não combinava com a versão dos outros sobre você? Alguma vez já sentiu esse pássaro inquieto clamando por liberdade e teve receio de deixá-lo sair?

.

A gente escuta muitos conselhos por aí hoje em dia, sobre tudo. Mas eu queria deixar para vocês uma frase que um amigo muito querido, que não está mais entre nós, me disse uma vez, há muitos anos: “Ninguém vai ser feliz por você!”. E isso me toca até hoje.

.

Muita gente pode discordar, não gostar, criticar a sua versão de si mesmo. Mas ela é sua e só pode contar com a sua permissão para ganhar o mundo, voando longe e alto, te levando a lugares maravilhosos se você simplesmente permitir. Se você simplesmente se permitir se conhecer e viver a sua própria versão de si mesmo.

.

Afinal, essa vida é muito curta e passa muito rápido. Incabível perder tempo sendo quem não somos e nos furtando de nos fazer feliz. Vai voar! Vai viver! Vá ser sua própria versão de si!

.

Até a próxima!





A sua versão sobre si atualizada com sucesso.

Olá, queridos! Como vão?

.

Faz um tempo eu conversava com um amigo, contando sobre um diálogo que tinha tido com outra pessoa. E como estava certa que, ao me expressar, transmiti exatamente a ideia que tinha a intenção de falar. Qual foi a minha surpresa quando ele me fez ver que eu estava totalmente errada. Que aquilo que eu pensei ter dito, eu só pensei mesmo. Mas na hora de externar eu passei uma ideia totalmente diferente do que pretendia.

.

Isso me levou a uma reflexão bem intensa sobre como me conhecer também é conhecer as versões do outro sobre mim. Não falo de uma forma a aceitar apenas a opinião alheia. Não! Falo de entender a nós mesmo pelo olhar do outro que enxerga aquilo nós ainda não conseguimos.

.

Todo ser humano tem várias versões ao longo da vida, que vão se apresentando à medida que crescemos, amadurecemos, vivemos certas experiências. Mas além dessas, existem as versões de nós que habitam o imaginário alheio.

.

Cada pessoa que me conhece tem a sua versão sobre mim. Uma forma de dizer que, não só pelas milhares de Fernandas que habitam a minha cabeça, mas eu também sou várias, externamente, pelas tantas quantas cabeças nas quais eu também habito. Afinal, cada pessoa é seu próprio universo com conhecimento, cultura, bagagem diferentes. Nenhuma surpresa que cada um veja a mesma coisa de perspectivas diversas.

.

Depois dessa conversa, eu fiquei pensando se a minha versão de mim mesma era realmente a versão que eu estava externando para o mundo. Se eu estava sendo coerente com o que eu acredito ser minha essência ao colocá-la para fora de mim.

.

O que eu sei é que eu não sou responsável pelo que o outro pensa de mim. Com isso não devemos nos preocupar. Mas eu sou responsável pelo que, de mim, eu mostro para o outro.

.

Não por uma questão de buscar validação de quem eu sou, mas para que a minha identidade, para que a minha consciência de mim mesma esteja fortalecida pela sincronia entre a pessoa me que habita internamente e a pessoa que se mostra para o mundo. As duas em harmonia nos trazem paz. E nos fazem avançar várias casas no caminho do autoconhecimento.

.

A questão preocupante nessas versões de nós, a do outro e a nossa própria, é porque somos criados, ainda hoje, sem a devida orientação sobre como conhecermos a nós mesmos.

.

Pertencemos a um modelo de sociedade que nos ensina como é bom atingir expectativas alheias, que nos ensina que o correto é seguir o modelo dos que vieram antes de nós. Que quem se difere do grupo é estranho, é colocado para escanteio. E, assim, demoramos a externar a versão de nós mesmos porque ela não combina com a versão dos outros sobre nós.

.

E o que só piora essa situação é que, apesar dessa insistência eterna social de nos encaixar em grupos, em caixas, ninguém, absolutamente ninguém, é igual.

.

Eu já vivi muito tempo sendo a versão de outros sobre mim. Achava que aquela minha versão de mim mesma não era boa o suficiente porque não combinava com a maioria das versões que os outros imaginavam, ou queriam, que eu fosse. Deixei minha própria versão presa numa gaiola, quietinha.

.

Acontece que quando algo é nosso, é genuíno, em algum momento ele vai acabar rompendo essa gaiola. E, mesmo que não queira, ela vai bater as asas desejosas por voar.

.

Uma parte de mim que eu não permitia ganhar o mundo era a minha escrita. Escrever, para mim, é algo visceral. Não importa quem vá ler, se alguém vai querer ler. Não importa quem eu alcance. Eu escrevo porque as palavras saem de mim de forma incontrolável.

.

Às vezes estou ocupada fazendo algo e um pensamento criativo/literário começa a surgir. Seja ele um raciocínio, uma poesia, uma cena de uma das minhas histórias, uma música, o que for. Eu preciso parar imediatamente o que estou fazendo e colocar no papel. Geralmente é coisa rápida, anoto a ideia e volto ao que estava fazendo.

.

Pensando bem, agora enquanto escrevo, percebi que ele se comporta mesmo como um passarinho que precisa alçar voo urgentemente e só vai parar de piar quando conseguir ir ali rapidinho, um rolezinho só. Daí quando eu dou atenção, ele voa rapidinho e volta para descansar, comer uma frutinha, quem sabe.

.

É algo mais forte que eu, eu simplesmente preciso guardar aquilo de forma que nunca se apague. Porque se não anoto na hora, muitas vezes aquele algo que estava sendo criado na minha cabeça se perde, nunca mais consigo recuperar. E chega a doer um pouco quando isso acontece. De verdade.

.

A urgência em escrever e a imprevisibilidade dessas vontades é tamanha que ando para cima e para baixo com papel e caneta, ou o bloco de notas do celular. Várias vezes já encostei o carro enquanto dirigia, peguei um bloco e caneta que ficam no bolsão lateral da porta e anotei o que surgia, para só depois seguir viagem.

.

Estou contando isso porque, apesar de ser algo tão intenso hoje, eu demorei muito para atender a esse chamado. Escrevo desde sempre, mas tinha receio de mostrar ao mundo o que fazia. Justamente porque parte do que eu escrevia, e ainda escrevo, não condizia com a versão dos outros sobre mim. E isso me bloqueava até mesmo de escrever, mesmo que ninguém fosse ler.

.

Só que desde que eu comecei a dar mais espaço para a escrita na minha vida, ela começou a se comportar mais e mais como esse passarinho pedindo para sair. Ao ponto que hoje ela nem aceita que eu feche a gaiola, ela sai a hora que quer. Ela só quer minha atenção para admirar seu voo.

.

Hoje, cada vez mais em contato com minha versão sobre mim mesma, em vários aspectos da vida, o que acaba por refletir também na escrita, quanto mais eu escrevo, mais quero escrever. Mais pensamentos criativos/literários eu tenho. Um ciclo virtuoso. Que eu amo como a poucas coisas na vida.

.

Quanto mais eu permito a minha versão de mim mesma se abrir para o mundo, mais ela quer aparecer. E mais ela aparece. Dentro da minha versão de mim mesma existem várias Fernandas. Uma delas, desconfio que uma das mais falantes e exigentes de atenção, é a Fernanda escritora. Ela é uma força da natureza, como dizem.

.

E aí me observo e entendo que validei a versão errada de mim mesma por muito tempo. Escondi minha versão e acatei a versão do outro sobre mim, e a errada ainda por cima. Pois negligenciei também aquela versão que representava como me apresento para o mundo, que é a que os outros veem, mas tentava me encaixar na versão daquilo que o outro pensava, e não do que via, sobre mim.

.

E agora eu te pergunto, quando eu falei sobre o que representa a escrita enquanto parte de mim, você identificou em si algo que te move dessa forma? O que, na sua vida, tem o poder de te fazer esquecer do resto do mundo? Esse chamado que te causa urgência em atender. Seja o que for esse desejo, essa identificação com a sua essência.

.

Eu te pergunto agora, quantas vezes você escondeu ou negligenciou isso porque representava uma versão de você que não combinava com a versão dos outros sobre você? Alguma vez já sentiu esse pássaro inquieto clamando por liberdade e teve receio de deixá-lo sair?

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A gente escuta muitos conselhos por aí hoje em dia, sobre tudo. Mas eu queria deixar para vocês uma frase que um amigo muito querido, que não está mais entre nós, me disse uma vez, há muitos anos: “Ninguém vai ser feliz por você!”. E isso me toca até hoje.

.

Muita gente pode discordar, não gostar, criticar a sua versão de si mesmo. Mas ela é sua e só pode contar com a sua permissão para ganhar o mundo, voando longe e alto, te levando a lugares maravilhosos se você simplesmente permitir. Se você simplesmente se permitir se conhecer e viver a sua própria versão de si mesmo.

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Afinal, essa vida é muito curta e passa muito rápido. Incabível perder tempo sendo quem não somos e nos furtando de nos fazer feliz. Vai voar! Vai viver! Vá ser sua própria versão de si!

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Até a próxima!



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