A responsabilidade em denominar espaços públicos

Aos poderes legislativo e executivo, em suas respectivas esferas, é necessário observar e criar requisitos que devem ser preenchidos para denominar logradouros públicos com coerência e muita responsabilidade, de maneira que não cometamos erros e nem causemos prejuízos na história de nossa cidade, apontando erros e falando em possíveis reparações. A primeira denominação: a da…


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Aos poderes legislativo e executivo, em suas respectivas esferas, é necessário observar e criar requisitos que devem ser preenchidos para denominar logradouros públicos com coerência e muita responsabilidade, de maneira que não cometamos erros e nem causemos prejuízos na história de nossa cidade, apontando erros e falando em possíveis reparações.

A primeira denominação: a da Ponte Newton Navarro. Na época em que estava se aproximando o término de sua construção, no governo Wilma de Faria, quando eu era assessor parlamentar do deputado estadual Paulinho Freire, me lembro que a deputada Ruth Ciarlini, de Mossoró, apresentou um projeto de lei visando denominar a ponte recém-construída de Ponte Newton Navarro.

Por ser morador da praia da Redinha, pesquisador, amante da história e conhecer muito bem a história dos 32 pontos históricos existentes na margem do Rio Potengi, solicitei ao deputado Paulinho Freire a apresentação de um projeto de lei para denominar a ponte recém-construída de Ponte Luís Romão. 

O deputado Paulinho apresentou o projeto e me lembro que após, conversei com a governadora Wilma pedindo e explicando a ela porque o nome deveria ser Luís Romão. Mas a Governadora, mesmo assim, sancionou a lei denominando a ponte de Newton Navarro. 

Não desmerecendo o nome de Newton Navarro, mas qual era a função da obra a ser denominada? Quem era Luís Romão? E Newton Navarro? A função da obra era a travessia de Natal à Redinha, pelo Rio Potengi. 

Newton Navarro era um artista plástico, Luís Romão, um empresário que foi pioneiro na travessia do Rio Potengi de Natal para Redinha. Ele criou o serviço de botes à velas e lanchas a motor que realizavam a travessia no Potengi, além de ter sido pioneiro também no serviço de radiodifusão em Natal.

A segunda denominação: o aeroporto Aluízio Alves. O governador Aluízio Alves prestou relevantes serviços ao nosso estado, claro, mas em se tratando dos requisitos que deveriam ser preenchidos e observados, como seu vínculo com a função da obra, esta denominação também deixou muito a desejar. 

Se fossemos partir do princípio de ser um governante, deveríamos indicar o nome do ex-governador Juvenal Lamartine de Faria, que foi o presidente da primeira diretoria do Aeroclube/RN. Como grande amante da aviação e um visionário, Juvenal foi responsável pelo surgimento da Escola de Pilotos, uma das mais tradicionais escolas de aviação brasileira.  Na época, o aeroclube de Natal foi até filiado ao aeroclube do Brasil.  Lamartine também foi pioneiro na abertura dos primeiros campos de aviação no interior do Estado do Rio Grande do Norte. 

E se não fosse ele, o patrono do aeroporto, poderíamos indicar por merecimento o nome de um dos pilotos da primeira turma do Aeroclube do Rio Grande do Norte: Fernando Pedroza, Eloi Caldas, Aldo Cariello, Plinio Saraiva e Edgard Dantas. 

Estes erros gravíssimos cometidos por atos politiqueiros, ou por orgulho dos nossos gestores, estão destruindo e empobrecendo a nossa história. Esta mentalidade pequena e egoísta precisa ser banida do serviço público em nosso país. 

O Instituto IAPHACC – Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural e da Cidadania, tem estudado a possibilidade de buscar estas correções junto ao Poder Judiciário. 

E aqui queremos deixar uma dica aos nossos parlamentares: deveria existir uma lei que qualquer denominação a ser feita deveria, obrigatoriamente, obedecer a alguns critérios ou no mínimo, ser submetida ao crivo de alguns historiadores.





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A responsabilidade em denominar espaços públicos

Aos poderes legislativo e executivo, em suas respectivas esferas, é necessário observar e criar requisitos que devem ser preenchidos para denominar logradouros públicos com coerência e muita responsabilidade, de maneira que não cometamos erros e nem causemos prejuízos na história de nossa cidade, apontando erros e falando em possíveis reparações.

A primeira denominação: a da Ponte Newton Navarro. Na época em que estava se aproximando o término de sua construção, no governo Wilma de Faria, quando eu era assessor parlamentar do deputado estadual Paulinho Freire, me lembro que a deputada Ruth Ciarlini, de Mossoró, apresentou um projeto de lei visando denominar a ponte recém-construída de Ponte Newton Navarro.

Por ser morador da praia da Redinha, pesquisador, amante da história e conhecer muito bem a história dos 32 pontos históricos existentes na margem do Rio Potengi, solicitei ao deputado Paulinho Freire a apresentação de um projeto de lei para denominar a ponte recém-construída de Ponte Luís Romão. 

O deputado Paulinho apresentou o projeto e me lembro que após, conversei com a governadora Wilma pedindo e explicando a ela porque o nome deveria ser Luís Romão. Mas a Governadora, mesmo assim, sancionou a lei denominando a ponte de Newton Navarro. 

Não desmerecendo o nome de Newton Navarro, mas qual era a função da obra a ser denominada? Quem era Luís Romão? E Newton Navarro? A função da obra era a travessia de Natal à Redinha, pelo Rio Potengi. 

Newton Navarro era um artista plástico, Luís Romão, um empresário que foi pioneiro na travessia do Rio Potengi de Natal para Redinha. Ele criou o serviço de botes à velas e lanchas a motor que realizavam a travessia no Potengi, além de ter sido pioneiro também no serviço de radiodifusão em Natal.

A segunda denominação: o aeroporto Aluízio Alves. O governador Aluízio Alves prestou relevantes serviços ao nosso estado, claro, mas em se tratando dos requisitos que deveriam ser preenchidos e observados, como seu vínculo com a função da obra, esta denominação também deixou muito a desejar. 

Se fossemos partir do princípio de ser um governante, deveríamos indicar o nome do ex-governador Juvenal Lamartine de Faria, que foi o presidente da primeira diretoria do Aeroclube/RN. Como grande amante da aviação e um visionário, Juvenal foi responsável pelo surgimento da Escola de Pilotos, uma das mais tradicionais escolas de aviação brasileira.  Na época, o aeroclube de Natal foi até filiado ao aeroclube do Brasil.  Lamartine também foi pioneiro na abertura dos primeiros campos de aviação no interior do Estado do Rio Grande do Norte. 

E se não fosse ele, o patrono do aeroporto, poderíamos indicar por merecimento o nome de um dos pilotos da primeira turma do Aeroclube do Rio Grande do Norte: Fernando Pedroza, Eloi Caldas, Aldo Cariello, Plinio Saraiva e Edgard Dantas. 

Estes erros gravíssimos cometidos por atos politiqueiros, ou por orgulho dos nossos gestores, estão destruindo e empobrecendo a nossa história. Esta mentalidade pequena e egoísta precisa ser banida do serviço público em nosso país. 

O Instituto IAPHACC – Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural e da Cidadania, tem estudado a possibilidade de buscar estas correções junto ao Poder Judiciário. 

E aqui queremos deixar uma dica aos nossos parlamentares: deveria existir uma lei que qualquer denominação a ser feita deveria, obrigatoriamente, obedecer a alguns critérios ou no mínimo, ser submetida ao crivo de alguns historiadores.



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