A ilusão do futebol

O futebol, o esporte mais amado pelos brasileiros, é também uma promessa de futuro para milhares de jovens. Mas qual é o preço real de seguir esse sonho? Infância sacrificada, estudos interrompidos, treinos exaustivos e alojamentos precários são apenas parte do caminho. E o resultado? Apenas 1% consegue se profissionalizar, e mesmo entre eles, a…


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O futebol é o esporte mais popular e mais praticado. No Brasil, o futebol é vendido como a única chance de futuro melhor para milhares de jovens.

Para se tornar jogador profissional, a criança abre mão de sua infância, do convívio com a família/amigos e precisa cumprir uma rigorosa rotina de treinos.

Dependendo do clube, o preço a ser pago é ainda mais alto, pois o jovem terá que morar em alojamentos modestos, com refeições não condizentes com sua atividade e abrir mão de seus estudos.

Como o futebol é uma fábrica de ilusões para a maior parte desses jovens, mesmo estando cientes das dificuldades para chegar ao topo da pirâmide, eles deixam de se profissionalizar em outras áreas para arriscar a vida no futebol.

Boa parte das pessoas que tentam a vida no futebol não consegue conciliar a rotina de treinos com os estudos, e isso torna a vida mais difícil para quem não consegue jogar em grandes clubes.

Como não possuem qualificação profissional, alguns tentam “esticar” a carreira ao máximo, é o que chamamos de ex-jogador em atividade. Quando o corpo não permite mais correr atrás da bola, a situação que já não era das melhores, piora de vez e vários ex-atltas passam por situações constrangedoras. Eles, normalmente, migram para a informalidade.

Construir um futuro a partir do futebol, é um negócio incerto, pois apenas 1% dos jogadores das categorias de base se tornam profissionais. Mesmo após conseguir passar por esse funil, muitos terão que enfrentar o desemprego e os baixos salários.

Matéria recente do Esporte Espetacular, apontou que 76% dos jogadores profissionais recebem até R$ 2.700, sendo que destes 46% recebem um salário mínimo.

O desemprego é outro mal que aflige o jogador de futebol no Brasil. Na casa dos 70% dos jogadores ficam desempregados por quase oito meses ao longo do ano. Dos 700 clubes profissionais, dá para dizer que 600 têm calendário só por quatro meses, e do outro lado os clubes de elite têm jogos em excesso.

Um percentual muito pequeno consegue fama e dinheiro com o futebol. O sucesso dos grandes jogadores esconde os sacrifícios que eles tiveram que fazer para chegar até lá. Para a grande maioria, o futebol é uma grande ilusão.





O Potengi

Portal de notícias e conteúdos do Rio Grande do Norte



A ilusão do futebol

O futebol é o esporte mais popular e mais praticado. No Brasil, o futebol é vendido como a única chance de futuro melhor para milhares de jovens.

Para se tornar jogador profissional, a criança abre mão de sua infância, do convívio com a família/amigos e precisa cumprir uma rigorosa rotina de treinos.

Dependendo do clube, o preço a ser pago é ainda mais alto, pois o jovem terá que morar em alojamentos modestos, com refeições não condizentes com sua atividade e abrir mão de seus estudos.

Como o futebol é uma fábrica de ilusões para a maior parte desses jovens, mesmo estando cientes das dificuldades para chegar ao topo da pirâmide, eles deixam de se profissionalizar em outras áreas para arriscar a vida no futebol.

Boa parte das pessoas que tentam a vida no futebol não consegue conciliar a rotina de treinos com os estudos, e isso torna a vida mais difícil para quem não consegue jogar em grandes clubes.

Como não possuem qualificação profissional, alguns tentam “esticar” a carreira ao máximo, é o que chamamos de ex-jogador em atividade. Quando o corpo não permite mais correr atrás da bola, a situação que já não era das melhores, piora de vez e vários ex-atltas passam por situações constrangedoras. Eles, normalmente, migram para a informalidade.

Construir um futuro a partir do futebol, é um negócio incerto, pois apenas 1% dos jogadores das categorias de base se tornam profissionais. Mesmo após conseguir passar por esse funil, muitos terão que enfrentar o desemprego e os baixos salários.

Matéria recente do Esporte Espetacular, apontou que 76% dos jogadores profissionais recebem até R$ 2.700, sendo que destes 46% recebem um salário mínimo.

O desemprego é outro mal que aflige o jogador de futebol no Brasil. Na casa dos 70% dos jogadores ficam desempregados por quase oito meses ao longo do ano. Dos 700 clubes profissionais, dá para dizer que 600 têm calendário só por quatro meses, e do outro lado os clubes de elite têm jogos em excesso.

Um percentual muito pequeno consegue fama e dinheiro com o futebol. O sucesso dos grandes jogadores esconde os sacrifícios que eles tiveram que fazer para chegar até lá. Para a grande maioria, o futebol é uma grande ilusão.



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