Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sofreram cortes significativos no orçamento de 2026, aprovados pelo Congresso Nacional, que afetam despesas de custeio e assistência estudantil. As reduções somam R$ 7,3 milhões no IFRN e R$ 14,7 milhões na UFRN, colocando em risco a manutenção de atividades essenciais das instituições no próximo ano.
Pelo Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2026 original, o IFRN receberia R$ 100,4 milhões e a UFRN R$ 205,1 milhões. Com a aprovação final da proposta, os valores caíram para R$ 93 milhões e R$ 190,4 milhões, respectivamente.
O reitor do IFRN, José Arnóbio, alerta que o corte compromete ações de ensino, pesquisa, extensão e políticas de assistência estudantil. Segundo ele, sem recomposição orçamentária, será necessário reduzir ações afirmativas, afetando principalmente estudantes em situação de vulnerabilidade social. Outra preocupação é a diminuição de R$ 900 mil nos recursos destinados à contratação de profissionais de apoio a cerca de mil alunos com necessidades educacionais específicas, o que pode resultar em demissões.
Em nível nacional, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal (Conif) informou que os cortes ultrapassam R$ 186,8 milhões em toda a rede, em um momento de expansão e fortalecimento de políticas como a alimentação escolar. Já a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) aponta uma redução de R$ 488 milhões no orçamento das universidades federais.
Na UFRN, a reitoria destaca que o corte compromete pagamentos de energia, contratos terceirizados e a assistência estudantil, que já era considerada insuficiente em 2025. Questionado, o Ministério da Educação informou que estuda medidas para mitigar os impactos e garantir a execução das políticas educacionais.





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