A presidente do PT no Rio Grande do Norte, vereadora Samanda Alves, reafirmou que o partido mantém como prioridade a continuidade da aliança com o MDB no estado, nos mesmos moldes da parceria nacional que sustenta o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ela, qualquer mudança no cenário político para 2026 não partirá do PT.
A declaração ocorre em meio às incertezas sobre o futuro político do vice-governador Walter Alves (MDB), que recentemente admitiu a possibilidade de não assumir o Governo do Estado em abril de 2026, quando a governadora Fátima Bezerra deverá deixar o cargo para disputar uma vaga no Senado. Walter também não descartou apoiar a pré-candidatura do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), ao governo estadual.
Para Samanda, o PT segue com um planejamento definido. O partido trabalha pela reeleição de Lula, pela eleição de Fátima Bezerra ao Senado e pela consolidação do nome do secretário estadual da Fazenda, Cadu Xavier, como candidato ao Governo do RN. “Nosso projeto está mantido e tem respaldo do PT Nacional”, destacou.
A dirigente petista minimizou declarações do deputado federal João Maia (PP), que afirmou existir um acordo para que Walter não assuma o governo e apoie Allyson Bezerra. Segundo Samanda, João Maia não representa o vice-governador. “Quem fala por Walter é o próprio Walter”, afirmou.
Ela lembrou que, em conversas anteriores, Walter Alves havia confirmado que assumiria o Governo do Estado e que não seria candidato à reeleição, comprometendo-se a apoiar o projeto governista liderado pelo PT. Caso haja uma mudança nessa posição, segundo Samanda, a responsabilidade não será do partido. “Se alguém mudar de plano, não seremos nós”, disse.
Samanda também afastou a possibilidade de rompimento institucional entre o vice-governador e a governadora Fátima Bezerra. De acordo com ela, Walter manifestou preocupações relacionadas à situação financeira do estado, mas o governo tem tratado do tema de forma transparente.
A presidente do PT-RN afirmou ainda que o Rio Grande do Norte vive hoje uma realidade fiscal melhor do que a encontrada no início da gestão de Fátima, em 2019. Ela citou a retomada da capacidade de investimento, o pagamento de salários em dia e a parceria com o governo federal como fatores que garantem estabilidade administrativa.
“Fátima não entregaria o governo em situação de ingovernabilidade. Os números mostram uma evolução clara da situação financeira do estado”, concluiu Samanda, reforçando a expectativa de manutenção da aliança entre PT e MDB para o próximo ciclo eleitoral.






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