A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (18), a quinta fase da Operação Sem Desconto, cumprindo 16 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão em uma ação que atinge senadores, empresários e advogados suspeitos de integrar esquema de fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Entre os alvos, destaca-se o senador Weverton Rocha (PDT-MA), investigado por supostos negócios com envolvidos nos desvios. Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em sua residência, mas não há mandados no Congresso Nacional.
A operação também atingiu Adroaldo Portal, atual número dois do Ministério da Previdência Social. Jornalista de formação, Portal já trabalhou no gabinete de Weverton e em cargos ligados ao PDT. Ele cumprirá prisão domiciliar e está afastado do cargo.
Outro alvo é Romeu Carvalho Antunes, filho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Romeu tinha autorização para movimentar contas de empresas envolvidas nas fraudes em aposentadorias. O pai está preso desde setembro.
O advogado Éric Fidelis, filho do ex-diretor do INSS André Fidelis, também foi alvo de busca e prisão preventiva. Segundo a PF, seu escritório intermediou pagamento de propinas pelo Careca do INSS, movimentando cerca de R$ 12 milhões, conforme dados da CPI do INSS.
A operação cumpre mandados em Distrito Federal, São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, autorizada pelo ministro do STF André Mendonça. Entre os crimes investigados estão inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário e dilapidação patrimonial.
O esquema apurado envolve descontos indevidos em aposentadorias, realizados por associações sem consentimento dos beneficiários, cujos valores foram desviados para líderes e participantes do grupo criminoso. A PF reforça que a investigação visa responsabilizar todos os envolvidos e recuperar recursos desviados do INSS.





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