Setor produtivo alerta para risco de fuga de investidores após ação do MPF sobre normas da Via Costeira

Ícone de crédito Foto: divulgação






Setor produtivo alerta para risco de fuga de investidores após ação do MPF sobre normas da Via Costeira





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Entidades do setor produtivo do Rio Grande do Norte reagiram com preocupação à ação civil pública apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) que pede a suspensão de normas urbanísticas e ambientais relacionadas à Via Costeira de Natal. Para representantes da Federação das Indústrias (Fiern) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-RN), a medida gera insegurança jurídica e ameaça afastar investimentos importantes para o desenvolvimento turístico e econômico da capital potiguar.

A Fecomércio-RN afirmou, por meio de sua Câmara Empresarial de Turismo, que a iniciativa foi tomada sem considerar o “processo democrático”, destacando que a judicialização pode produzir impactos graves e imediatos sobre projetos em curso, geração de empregos e a imagem institucional do estado. A entidade ressalta ainda que a Via Costeira, considerada um patrimônio natural e turístico, enfrenta estagnação há pelo menos duas décadas, e que mudanças regulatórias vêm sendo debatidas há anos com participação social.

O presidente da Fiern, Roberto Serquiz, classificou a ação como um “mau exemplo” e disse que o MPF tenta rever normas que passaram por amplo debate público e aprovação legislativa. Segundo ele, a insegurança jurídica gerada pela possível suspensão das regras pode comprometer iniciativas estruturantes e desestimular novos empreendimentos.

O pedido do MPF busca suspender, de forma liminar, trechos do Plano Diretor de Natal e outras legislações municipais e estaduais, além de interromper licenças concedidas pela Semurb e pelo Idema após as alterações urbanísticas. A instituição argumenta que as mudanças recentes podem favorecer uma ocupação desordenada, colocando em risco a integridade ambiental da área. O órgão lembra ainda que a ação foi motivada por representações de mais de 20 organizações civis e acadêmicas e que realizou audiência pública sobre o tema.

Em nota conjunta, Fecomércio-RN e outras 12 entidades do turismo e do comércio afirmam que a legislação atual já prevê mecanismos rigorosos de proteção ambiental, como exigência de EIA/RIMA e preservação do acesso público à praia. Para elas, suspender normas e licenças resultaria na paralisação de obras, cancelamento de contratos e afastamento de investidores, com perdas diretas para arrecadação, empregos e competitividade turística.

Procurados para comentar a ação, Semurb, Idema e Assembleia Legislativa informaram que ainda não foram oficialmente notificados.


Comentários

Uma resposta para “Setor produtivo alerta para risco de fuga de investidores após ação do MPF sobre normas da Via Costeira”

  1. Avatar de bahigoschweiz

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