Informalidade já representa 585 mil, quase a metade dos trabalhadores do RN, segundo o IBGE



Ícone de crédito São 585 mil trabalhadores na informalidade em nosso estado. Foto: reprodução




Informalidade já representa 585 mil, quase a metade dos trabalhadores do RN, segundo o IBGE





Ícone de crédito São 585 mil trabalhadores na informalidade em nosso estado. Foto: reprodução


A informalidade voltou a crescer no Rio Grande do Norte e atingiu 585 mil trabalhadores no terceiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (14) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. O número representa um aumento de 2,5% em relação ao trimestre anterior, quando 561 mil potiguares de 14 anos ou mais estavam ocupados sem qualquer tipo de proteção legal.

Com isso, a taxa de informalidade no estado chegou a 42%, acima dos 39,5% registrados entre abril e junho. O levantamento inclui empregados sem carteira assinada, trabalhadores domésticos informais, autônomos sem CNPJ, empregadores informais e familiares que atuam sem remuneração.

Entre os 585 mil trabalhadores informais, 204 mil estão no setor privado sem carteira assinada, 55 mil são domésticos sem carteira, 314 mil atuam como autônomos sem registro e 7 mil são empregadores sem CNPJ. A condição deixa esse grupo sem direitos básicos como férias, 13º salário, FGTS, auxílio-doença e aposentadoria.

Segundo o advogado trabalhista Rodrigo Menezes, a informalidade fragiliza a proteção social dos trabalhadores. “Ele fica desprotegido. Pode ocorrer algum acidente e ele ficar sem dinheiro. Se não tiver contribuição, não terá aposentadoria, e em caso de falecimento, a família também fica desamparada”, explicou.

Apesar da alta informalidade, a taxa de desocupação no estado permaneceu estável em 7,5% no trimestre, repetindo o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. O dado, porém, acompanha reduções no nível de ocupação (48,6%) e na taxa de participação na força de trabalho (52,5%). Ambas recuaram em relação ao trimestre anterior.

Damião Ernane de Souza, chefe da Seção de Disseminação de Informações do IBGE/RN, esclarece que estabilidade no desemprego não significa melhora no mercado de trabalho. “Quando uma pessoa desiste de procurar emprego, ela sai da força de trabalho. Assim, o total de pessoas ativas diminui, o que reduz a participação e o nível de ocupação, mas não altera a taxa de desocupação”, explicou.

No trimestre encerrado em setembro, o RN registrou 1,395 milhão de pessoas ocupadas e 113 mil desocupadas. Por outro lado, 1,365 milhão estavam fora da força de trabalho. O rendimento médio mensal real caiu 2,8%, chegando a R$ 2.817.


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