O Rio Grande do Norte registrou uma redução significativa nos índices de fome durante o ano de 2024, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A pesquisa revela que 29,4% dos domicílios potiguares vivenciaram algum grau de insegurança alimentar no período, representando uma queda de 8,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Estima-se que 371 mil residências no estado enfrentaram situações que variaram desde preocupação com o acesso futuro a alimentos até a privação quantitativa de comida. O número representa uma melhora concreta em relação a 2023, quando 428 mil famílias se encontravam nessa condição, indicando que aproximadamente 57 mil lares superaram a insegurança alimentar no período.

A pesquisa classifica a insegurança alimentar em três níveis de gravidade. No patamar mais brando, caracterizado pela preocupação com o acesso futuro aos alimentos ou consumo de alimentos com qualidade inadequada, encontram-se 19,3% dos domicílios potiguares, equivalentes a 243 mil residências. A insegurança alimentar moderada, onde há redução na quantidade de alimentos consumidos por adultos, atinge 6,3% das famílias. Já a situação mais crítica, classificada como insegurança alimentar grave e que afeta inclusive crianças e adolescentes, permanece como realidade em 3,9% dos lares potiguares, o que corresponde a aproximadamente 49 mil famílias onde a fome é uma experiência concretamente vivenciada.

O Nordeste como um todo registrou melhora nos indicadores de segurança alimentar, sendo que o Rio Grande do Norte manteve o menor percentual da região. O Piauí continua com o índice mais elevado, com 39,3% de seus domicílios enfrentando algum grau de insegurança alimentar. Os números nacionais acompanham a tendência de melhora, com 2,2 milhões de lares saindo da condição de insegurança alimentar entre 2023 e 2024, reduzindo de 27,6% para 24,2% a proporção de domicílios brasileiros nessa situação.