O governo do Rio Grande do Norte formalizou junto ao Ministério das Comunicações sua candidatura para integrar o plano nacional de infraestrutura digital como polo estratégico para ancoragem de cabos submarinos e instalação de data centers.
A proposta destaca as vantagens competitivas do estado, incluindo a matriz elétrica majoritariamente renovável e a localização geográfica privilegiada que oferece menor latência nas comunicações com a Europa. Um grupo de trabalho interinstitucional vem desenvolvendo uma política estadual específica para o setor.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o estado possui onze zonas prioritárias pré-zoneadas para ancoragem de cabos submarinos e está concluindo a criação de um regime especial para data centers, após incluir o setor como prioritário na nova Lei de Política Industrial. Em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, será proposta ao Conselho Estadual de Meio Ambiente uma resolução específica que conferirá segurança jurídica e transparência aos empreendimentos, usando a capacidade elétrica instalada como parâmetro principal.
O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca, afirmou que a combinação de infraestrutura portuária, aeroportuária e de telecomunicações em expansão com políticas estaduais proativas cria condições favoráveis para o estado se consolidar como hub tecnológico. A iniciativa visa atrair startups, centros de inovação e fornecedores, gerando empregos de alta qualificação em tecnologia da informação e engenharias, além de impactar positivamente as cadeias da construção civil e serviços. O estado exportou oitenta e quatro por cento da energia produzida em 2024 para outros estados, demonstrando sua capacidade excedente.
Deixe um comentário